TEXTO DE LUÍSA JORGE
LUISA.JORGE@SNOTICIAS.CO.MZ
“Omundo precisava encontrar um novo caminho. Seguindo a nossa Estrela Polar, descobrimos que caminho”…“Temos trabalhado arduamente para garantir um futuro melhor para o nosso povo e para o nosso planeta. Deveríamos ter orgulho da nossa conquista histórica,” estas foram algumas das palavras proferidas por Sultan Al Jaber no seu discurso que anunciava o triunfar da vitória dos Emirados Árabes Unidos (EAU), na Cimeira da Cúpula do Clima, com o acordo tido como histórico que estabelece uma agenda climática ambiciosa para garantir a materialização e cumprimento do Acordo de Paris, de redução de gases de efeito estufa por forma a limitar o aumento das temperaturas na terra e alcançar a meta de 1,5°C.
Assim saiu o acordo baptizado como “Consenso dos EAU”- em que o presidente da Vigésima Oitava Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas, COP28, chamou de acordo “equilibrado e inclusivo com vista a acelerar a acção de mudanças climáticas”.
Como se ousa dizer que a história não se repete mas se adivinha, em alguns bastidores a vigésima oitava Cimeira da Cúpula do Clima já estava fadada ao fracasso, como terá sido a COP anterior, no Egipto. Isto pelo “barulho” que se criou aquando do anúncio dos Emirados Árabes Unidos como país anfitrião. Foi contestada a legitimidade deste país em presidir a COP28. É que, os Emirados Árabes Unidos são o sétimo maior produtor de petróleo no mundo.
E, apesar do Acordo de Paris em 2015, continua sendo um dos mercados preferenciais de petróleo e gás natural no mundo. E, por essa razão, os investimentos na expansão da exploração de gás natural e de líquidos petrolíferos não param. Os Emirados produzem pouco mais de três milhões de barris de petróleo por dia e, pretende-se que esta produção aumente para quase cinco milhões por dia, até o ano 2030. Este acordo foi alcançado mesmo na recta final da COP28. Leia mais…
