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Em nome da família política

Por admin

Há camaradas semanalmente a dar tiros nos pés, tornando o alarido da dívida escondida maior do que somos,quando neste momento o maior crime contra Moçambique é protagonizado pelos ataques criminosos da Renamo ao estado de direito.

Os credores foram devidamente informados pelo Presidente Nyusi, Primeiro ministro, assim como o Parlamento e a PGR, sendo verdade que a não atempada comunicação ao Parlamento ficado a dever, a mera questão de timing.Por tudo isto continuo sem entender a tentativa de manchar um executivo patriota, e que já nem está no poder, quando temos outras prioridades.

É caso para em nome da coesão da família frelimista dar um murro na mesa. Pergunto o porquê de tudo isto? Algunsadversários já  falam em desmembramento.

É imperativo reforçar-se a unidade nacional, sob o risco de tudo que foi feito até aqui seja destruído, e caia em mãos alheias.Somos um partido democrático, e temos orgãos próprios para esgrimir opiniões de sensibilidades existentes no seio da familia, havendo uma exigência para que no interesses do povo e do partido Frelimo, as diferenças sejam subordinadas aos interesses do partido.É que o partido Frelimo é o partido da governação.Sei que existem camaradas que se consideram de momento  ostracizados, mas temos de por um freio à correnteza de escárneos e maldizeres.As diferenças de opinião, devem ser dirimidas nos orgãos apropriados, e não na mídia.Num momento em que o principal adversário político perdeu  o juizo e a razão em toda a linha, assim como o debate de idéias, só lhe resta  o desnorte, exibir a sua natureza sagáz e criminosa, e matar membros da nossa querida  família.Não lhe vamos fornecer munições, mas confiar na prontidão combativa das FDS.

O ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, também ele pediu desculpas ao país pelo facto de o Governo não ter divulgado as chamadas dívidas escondidas, contraídas entre 2013 e 2014, assegurando que não haverá aumento de impostos. "O Governo em 2013 e 2014, por razões que explicou, não forneceu essas informações, de duas garantias que emitiu a favôr de duas empresas, no valor de cada uma, de 622 milhões de dólares [550 milhões de dólares] mais 535 milhões de dólares [473 milhões de euros]", afirmou Maleiane. “

Moçambique é riquíssimo em recursos naturais, e muitíssimo em breve a nossa economia voltará a ser financiada tanto pelo FMI e BM, assim como dos doadores do OGE.Por outro lado temos a China, um aliado de longa data, e um dos credores principais do país. Moçambique nunca caíu no incumprimento do pagamento da dívida , sendo falso o que por aí se diz, que os supermercados voltarão a ter as prateleiras vazias, tal como aconteceu nos anos 1980.

Numa potencial disputa eleitoral, apos explicações dadas pelo governo, sinceramente não acredito numa transferência de votos para um outro terreiro.É que  sendo a transação de Ematum e Pronducius, matéria delicada em assuntos de segurança interna, conforme foi dito,não entendo o porquê de continuarmos com esta conversa.E quanto se sabe  a divida da Mozambique Asset Management  (MAM)  no valor de 158.milhões de euros, está sendo restruturada com os credores.A divida pública do país ultrapassa os 11.6 milhões de dólares, dos quais 9,95 milhões são em moeda estrangeira.

Enquanto isso uma certa mídia vai propositadamente fazendo dos ataques da Renamo um culto de opinão, como se estivessemos mais uma vez sitiados na incapacidade de uma resposta, e acordo com as circustâncias.Para eles pagamos um preço da opcão política e democrática escolhida, assim forçam-nos a viver numa democracia das armas impostas pelos adversários do regime, até que este faça as concessões por eles julgadas necessárias, ou até que o regime entre em colapso.

A atitude da Renamo exige uma unânime condenação de todos nós, e mais uma vez o imperativo nacional requer um olhar conjunto aos contornos da  ameaça,  que se tornou viral nas redes de comunicação social, por ser esse o interesse dos adversários da República de Moçambique.Em Moçambique não há guerra.O que temos são assassinatos selectivos,coordenados por Afonso Dlhakama, com ordem vinda do exterior do país.A conexão existente entre os corpos descobertos em Sofala, que cheiram a execuções sumárias e à Renamo, não deixam dúvidas sobre a natureza dos que atacam autocarros privados, matam membros da população, e atacam as FDS.

Tem de haver uma resposta imediata e inequívoca de sectores directamente ligados à defesa ,segurança, e justiça, e também ao povo.Ninguém pode tentar sem a devida punição, desviar o sentido patriótico às nossas convições, a custo de deviações contrárias ao roteiro de desenvolvimento e paz, contrariando os anseios mais profundos do desiderato nacional.24 anos após a assinatura dos acordos, que exigiam a deposição de armas, e mesmo com assentos no parlamento,a Renamo continua armada, e a atacar as populações, e as FDS nas províncias da Zambézia, Manica,  Sofala e Tete.

O nosso compromisso é com a democracia, e não com um indivíduo endeusado na infame ideologia neotribalisita,que jura poder governar à força,onde por inerência tribal, julga ostentar a sua auréola.?

Fomos por ele todos enganados.Julgávamos ter um parceiro político, e tratava-se de um indivíduo que estava na democracia a mando de patrões estrangeiros, apenas a aguardar o momento oportuno para tentar destruir a unidade nacional,e enfraquecer as intistituições do poder constituído.O que nos divide  na família política é inferior ao que nos opõe aos adversários de Moçambique, porque quem mata moçambicanos por qualquer que seja o motivo, dispara a cada um de nós.Para a Renamo a hora da justiça pode tardar mas vai chegar!.

Se a Comissão de iniciativa presidencial para dialogar com Renamo é chefiada pelo camarada Jacinto Veloso, é para discutir os termos de rendição da ala militar da Renamo, muito bem;mas se é para conhecer os motivos das matanças é pura perca de tempo.Tivemos no passado o AGP e o Acordo para Cessação das Hostilidades, e a Renamo nunca deixou de matar, nem quis desarmar

A Renamo não deseja uma democracia pluralista, nem está para ai virada.Está empenhada em governar à força., tendo violado todos os acordos ao incorporar jovens nas fileiras das suas forças residuais.Por tudo isto não vejo como possa ser um interlocutor válido num potencial diálogo conciliatório, onde se esgrimem argumentos irreconciliáveis:e conforme há dias o presidente Filipe Nyusi salientou“Como podemos ver os nossos apelos, o grito da sociedade, dos jovens, das confissões religiosas, dos defensores dos direitos humanos, em nada conseguem parar as matanças do povo moçambicano.” – disse o PR

 A dívida é soberana, contraída pelo executivo anterior, deve ser paga pelo actual executivo.  A critica deve existir, mas não a ponto de dever substituir a unidade e a consciência da árvore geneológica, que nos tornou activos da causa patriótica.Nesta época caracterizada  pela crise das dividas soberanas, a que nem escapam países da zona OCDE, a camaradagem não deve esmorecer.No fundo somos todos camaradas do projecto iniciado em 25 de Jundo de 1962, que não tem cansado de enfrentamento, movido de energias renovadas, de fontes inesgotáveis, sempre munidas na diversidade, e sensibilidades componentes da nossa herança. Uma coisa é pensarmos de forma oposta, e debatermos as nossas diferenças, outra é querer ignorar os direitos dos outros a terem opinião política própria.O partido Frelimo é um partido de várias sensibilidades actualizadas, e também extemporâneas, sendo neste contexto que uns devem sempre aprender dos outros.

 Unidade, Paz e Democracia

 Inacio Natividade

 

 

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