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EM JEITO DE HOMENAGEM A UM EMBONDEIRO TOMBADO

Por admin

"Irmãos, sede imitadores meus …"Fp 3:17

O Imbondeiro, Embondeiro ou simplesmente Baobabe, é uma árvore que vive muitos séculos com uma altura que vai de 5m a 30m, e até 7m de diâmetro do tronco, (nalguns casos até 11m). Existe em abundância em quase todo o território nacional, começando a rarear a partir do Norte da Província de Inhambane, até desaparecer quase a partir dos Distritos a Sul daquela Província. Basta dizer que, em todo o meu Distrito, existe apenas um próximo da antiga Missão Metodista Livre de Inhamachafo/Inharrime, o qual deu o nome à Povoação onde se encontra, (Tximuyuni) e que presume-se tenha acima de duzentos anos. Destaca-se pela capacidade de armazenar águadentro do tronco, que pode chegar até 120 000 litros, e, oseu fruto, mais conhecido por Malambena língua Txi-nyungwe, (Tete), onde se encontra com abundância, tem no seu interior um miolo seco e comestível que desfaz-se facilmente na boca e o seu sabor é agridoce. Este fruto é atribuído propriedades afrodisíacas além de curar diabetes. Vem esta referência ao Embondeiro a propósito do desaparecimento físico de um dos melhores filhos desta Pátria de Heróis no dia 19 de Fevereiro passado, depositado no dia 23 na Cripta onde jazem outros seus compatriotas da sua iguala. Falo do General José Phahlane Moyane, que foi como um verdadeiro Embondeiro que mitiga fome e sede a muitos que dele se servem. Assim foi a vida do malogrado General que marcou com a sua influência positiva a todos quantos o conheceram. Militares e ou  Civís, punham-se em sentido à sua passagem com respeito e orgulho de tê-lo como um "PAI". Faltavam três meses para o final do ano de 1974, logo após a assinatura dos Acordos de Lusaka no dia 7 de Setembro, quando em Tete, particularmente na Cidade Capital tudo se alterou. O primeiro comandado do General Moyane a "invadir" a até então vetusta cidade, foi Raimundo Dalepa, também já falecido e daí em diante foi que, impelidos por um "Tshunami", desciam das montanhas em vagas, ocupando lugares estratégicos da cidade, mais "Camaradas" até modificar por completo a vida da cidade e paulatinamente da Província. Toda a gente passou a sentir-se bem só quando fosse tratado por "Camarada". Os restantes três meses de 1974 vivia-se só de reuniões de esclarecimento orientados por Comissários, quais "Profetas", anunciando a chegada da liberdade só com a FRELIMO, casos de Rafael Rhohomodya, Alfredo Maria, António Ibraimo, Rodrigues E. Murebo (Nenhum-Fica), J.Gilione Muchila, Joaquim Norte e Armando Canda; Comandantes como: António Hama Thai, Carlitos Simpone, João A.Malunga, NEVES, José U.Ajape, Bernardo Beka, Constâncio E.Dyomba, CHIVITE e Joao Chofombo; Professores como Rock V.Chooly, Teresa e Romão Tembo, Romão C.Gadaga, Crhispen Matches, Rosa e Bernabé Janasse, Cosme A. Cosme, Paula e Simão A. Motse,  pintaram imediatamente a cidade de Tete, com a famosa farda "Pingo de Chuva", anunciando a chegada de liberdade sob comando do  Camarada Chefe do DD José Moyane. Os seus fortes tentáculos não tardaram a alcançar Civis, casos de Fernanda La Salete de V. Teixeira, Viana, Armando Rodrigues, Jaime Levy, Luciano Nguirazi, Victor Borges, Mangue, Julião Ngobe, Américo Chofombo, César Sambane, Ernesto J.Corda e Cardoso (Tximimba). Nós os que ainda sobrevivemos, continuaremos a honrar o seu nome Camada Chefe. Descanse em PAZ. KWMK

Kandiyane Wa Matuva Kandiya

nyangatane@gmail.com

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