“Nem torpezas, nem parvoíces, nem chocarrices, que não convêm; mas antes acções de graças” Ef 5:4
Vivemos num mundo onde a agressividade comercial é deveras avassalador. Os fornecedores de bens e serviços tomam a dianteira no conhecimento das nossas necessidades. Julgam-se e sentem-se na “obrigação” de nos “ajudar” a abrir os nossos olhos, fazendo-nos o “favor” de orientar-nos naquilo que na sua (deles) opinião devemos consumir, concorrendo com essas suas suposições para o nosso atraso espiritual, já que manietam-nos e cegam o nosso “livre arbítrio”, como os condutores de manadas fazem com as bestas que colam-lhes arreios como forma de impedí-las de se distraírem com outras vistas. A despeito desta mania de presumir que eles é que sabem tudo sobre o que devemos consumir o Escritor e Jornalista Brasileiro Paulo Coelho escreveu um dia: “Não devemos julgar a vida dos outros, porque cada um de nós sabe da sua própria dor e renúncia. Uma coisa é você ACHAR que está no caminho certo, outra é ACHAR que o seu caminho é o único!”Uma das provas dessa agressividade, é o florescimento de anúncios e propagandas sobre prestação de serviços e ou valor desta ou daquela mercadoria, o que leva muitos especialistas em “Marketing” a inventar com cada tipo de propaganda e “slogans” alguns dos quais “nem ao DEMO Lembram”. Para obrigarem-nos a comprar por exemplo uma simples pilha de rádio, tentam impingir-nos com atribuições de qualidade superior e de maravilha que o pequeno engenho opera, tudo com o fito de nos convencer a levar para casa aquele pequeno objecto e, quando a levamos, só apercebemo-nos da sua inutilidade ao darmo-nos conta de quão ingénuos fomos, pois verificamos que afinal não temos nenhuma telefonia que funcione a pilha! Pois é! A velha máxima: “Propaganda é a Alma do Negócio”, mais do que nunca continua super válida.A propaganda e as demais ferramentas de marketing são fundamentais para o sucesso dos negócios. Enfim, coisas há mesmo que não lembram aoDiabo. Na verdade, o inventor desta expressão idiomática esqueceu que, se o Diabo se lembrasse de tudo, se tivesse grande memória não seria Diabo, mas sim elefante! É que na minha opinião existe propaganda tão ruim e tão inusitada que, apesar da legitimidade dos comerciantes de tentara convencer-nos de que merecemos a confiança deles e daí a necessidade de estabelecerem connosco uma relação duradoira baseada na lealdade e na disponibilidade total, há momentos em que, certa propaganda além de improfícuo, é infelizmente enfadonho e molestoso. O exemplo são os chamados “Toques Nices”, que as Operadoras de Telefonias Móveis descarregam nos nossos celulares e, voluntária ou involuntariamente accionamos o tal “alto risco”, aliás “asterisco” e lá nos vêmos consumidores de “mistifório” muita dela tão medíocre quanto são as tantas cantoras, que dia após dia nascem e florescem como cogumelos venenosos. A maioria dos utentes de tais mixórdias garantiram-me que nem se quer sabiam que tinham nos seus celulares tais salsadas, pois só quem faz a chamada é que a escuta. Ontem ao ligar para apresentar pêsames a alguém que acabava de perder o seu ente querido, fui respondido por uma “marrabenta” tão ruim, incómoda e inapropriada para aquelas circunstâncias. Ainda por cima a enfadonha musiquita é cobrada…poupem-nos por favor!
Kandiyane Wa Matuva Kandiya
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