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DOS GASTOS PUERÍS PELO NATAL À NOSSA IMBECILIDADE

Por Idnórcio Muchanga

“Porque não és morno, nem frio nem quente, vou vomitar-te da minha boca”Apocalipse 3:16

A partir de hoje, faltam-nos somente dez (10) dias para a celebração do 25 de Dezembro, uma data muito esperada e comemorada com muita emoção no mundo Cristão. Todas as famílias Cristãs e os comerciantes em geral, decoram as suas casas e montras das lojas com ornamentos típicos da época, para esperar a chegada do “Papai Noel”, fazer trocas e vendas de presentes durante a “ceia natalícia”.  Essa tradição, também aqui na Pérola do Indico, é feita de geração em geração desde a era colonial. Mas, após a nossa independência, a data foi acrescida de mais um epíteto: “Dia da Família” de modo a abranger toda a família Moçambicana. Na verdade é muito agradável estarmos juntos com os nossos entes queridos. Ainda assim, e sem querer ferir susceptibilidades, (ferindo-as), julgo serem poucas as pessoas que conhecem a verdade sobre essa data. Por esta mesma altura há dois anos, escrevi neste sagrado “cantinho de amizade”, sobre esta data, socorrendo-me a Confúcio, (esse grande pensador asiático), que ordenou aos seus discípulos: “Aprende a viver bem, e bem saberás morrer”. Na verdade, o que para muitos de nósmoçambicanos falta, é aprendermos essa grande lição do Mestre Confúcio. Pessoalmente, cada vez que vou somando anos de vida, dou-me conta que na verdade, afinal os nomes das datas comemorativas em si sós, não têm nenhuma importância e que, o que importa é a nossa tomada de consciência. Porque, se alguém entender que a melhor de todas as datas é a do nascimento ou a do falecimento do marido da sua (dele), mãe, assim será para esse alguém. Para muitos, o 25 de Dezembro é a súmula de todas as outras datas, alegadamente porque é ou seria nesse mês e data que nasceu o filho do Autor de toda a Humanidade: Cristo o Redentor. Só que, assim pensando, estamos eterna e voluntariamente a imbecilizar-nos e porque não a estupidificarmos conscientes ou inconscientemente. Acreditando nos historiógrafos, eles ensinam-nos que, até ao ano 46 a.C., na Roma antiga, o calendário anual era composto por apenas dez meses, contados a partir do primeiro dia do mês de Março. Dezembro era, portanto, o décimo mês do ano, donde vem o seu nome: décimo mês. E, também vem que, até mesmo os meses anteriores trazem essa marca: Setembro era o sétimo mês do ano, Outubro era o oitavo e Novembro o nono. A reforma do calendário, promulgada por Júlio César e introduzida em 46 a.C., inseriu o nome “Julho” em sua homenagem. 

Por Kandiyane Wa Matuva Kandiya

 
nyangatane@gmail.com

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