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Angola evidencia que o realismo está certo sobre a utilidade das organizações internacionais

Por Jornal domingo

TEXTO DE EDSON MUIRAZEQUE *

EDSON.MUIRAZEQUE@GMAIL.COM

Angola anunciou, na semana passada, que vai abandonar a Organização dos Países Exportadores do Petróleo (OPEP), uma decisão que surge por o país não concordar com as quotas a si atribuídas pela organização. De acordo com o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, Angola sente que não ganha nada mantendo- -se na organização e, em defesa dos seus interesses, decidiu sair da organização. A decisão de Angola evidencia que no debate, em Relações Internacionais, sobre a relevância dos actores, o Estado continua a ser primário e os não-estatais são marginais. Ou seja, o realismo mostra maior vitalidade se comparado com o seu rival liberalismo na explicação das relações internacionais.

Há um debate inacabado sobre a relevância dos actores de relações internacionais. Os estudiosos da ciência de Relações Internacionais posicionam-se entre aqueles que consideram que o Estado é o actor principal e mais importante das relações internacionais e aqueles que acham que o Estado é equiparável a outros tantos actores em termos de importância. O primeiro grupo de estudiosos é considerado realista. É um grupo que na sua análise das relações internacionais olha para o Estado como o actor primário e que considera que os outros são marginais. Com efeito, as organizações internacionais, as corporações multinacionais, os indivíduos e outros actores não-estatais são vistos, nesta abordagem, como actores marginais cuja relevância é tida em conta somente quando satisfaz o interesse nacional do Estado.  Leia mais…

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