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AINDA SOBRE A CONFERÊENCIA DA IMPRENSA DE GORONGOSA

Por admin

Bem-aventurado o Homem que não segue o Conselho dos maus, não se detém no caminho dos criminosos, nem toma parte na reunião dos provocadoresSalmo 1:1

 

Disse um dia um filósofo que, toda a Pessoa, (homem ou mulher), tem a sua hora fraca. “Todo o Homem temosseus dias, semanas ou meses de fraquezas.Por mais que tenha o mundo ao seu lado, vai ter um dia em que vai se sentir sozinho”.Com efeito, é uma hora na qual fica vulnerável e dependente da satisfação das exigências decorrentes dessa fraqueza. Ninguém escapa a esse imperativo biológico nem mesmo o mais poderoso dos mortais no mundo. Essa hora, muitas vezes chega impulsivamente. Sem pré-aviso. Mesmo o Papa Francisco representante do Deus dos Cristãos Católicos Apostólicos Romanos na Terra perante Deus, pode a sua hora fraca lhe bater a porta durante a tradicional Bênção Semanal a uma multidão de mais de 100 mil peregrinos na célebre Praça de São Pedro, no Vaticano. Então, como humano, no exacto momento em que está usando da palavra o instinto comunica-o de que imediatamente deve estimular uma das partes do seu corpo. O imperativo é de carácter inadiável e intransmissível, pois quem quer que seja, não pode evitar nem resistir á uma vontade de se coçar. Quem fala de coçar podia também falar de peidar, que é uma vontade irresistível de se aliviar dos gases intestinais, fazendo ecoar uma ventosidade sonora expelida pelo ânus. Todos nós sabemos o quão é incomodativa essa vontade. Em silêncio, em surdina ou em tom alto, sempre incomoda. Valente ou cobarde, rico ou pobre, todos um dia passam por essa enfadonha e exigente experiência! É a hora fraca, em que a nossa atenção é desviada pela forte vontade de estimularmos esse imperativo fisiológico. “Ninguém é fraco por escolha”,filosofou um dia alguém. Falar de imperativo fisiológico que enfraquece o Homem, numa hora incerta e muitas vezes imprópria, é o mesmo que falar das Emoções. Alguns estudos clínicos e epidemiológicos identificaram as emoções e estados de espírito como os que prejudicam a saúde. Parece até que de um modo geral a emoção raramente faz bem. Vimos pessoas habitualmente sensatas perderem o siso e entregarem-se a impulsos causados por acontecimentos emocionais de momento, reacções essas que mais tarde podem lhes causar remorsos. Pronto! Chega de divagações. Quero falar da hora fraca que atingiu a um dos meus dilectos durante a dita Conferência de Imprensa da Base de RENAMO em Gorongosa. Depois do “Pai da Democracia e Obama de Moçambique”, ter assumido orgulhoso e categoricamente que ordenou o ataque ao Posto Policial de Muxungwe, e que se a Policia da “FLERIMO continuar a vigiar as suas Bases vai ordenar novamente a matança sobretudo de Policias. Ora, como disse um dia o Filósofo Italiano Benedetto Croce,A violência não é força, mas fraqueza, nem nunca poderá ser criadora de coisa alguma, apenas destruidora”. Dizia eu que, depois que Dlakama terminou de conferenciar, um dos meus admirados homens de Caneta com o carisma da sua colaboração intelectual, assumiu-se como Porta-Voz da RENAMO. A emoção tinha tomado conta de si. Estava na sua hora fraca. Falo do meu mui respeitado, admirado e porque não idolatrado amigo Salomão Moyana. Sim ele é um dos meus ídolos eleitos no domínio da Comunicação Social. São poucos, os que eu admiro pela sua isenção, frontalidade e verticalidade na apresentação dos seus argumentos. A minha lista não é longa, mas eu os seleccionei. Dou um pequeno exemplo, sem seguir nenhuma precedência: Glória Muyanga, Simião Phongwane, Emilio Manyike, Tomás Vieira Mário, Orlando Anselmo e obviamente Salomão Moyana. São alguns dos Jornalistas que eu reputo de “Mão cheia”. Sem nenhuma modéstia disfarçada, fico em sentido á sua aproximação como faz um soldado raso á aproximação de um sargento ou oficial. Para mim, os demais são Pintassilgos e os meus eleitos são Gaviões. Tiro o chapéu ao lado deles como se costuma dizer, porque raramente me decepcionam. E, dificilmente alguém lhes descobre o liame que lhes prende á alguma camiseta partidária que óbvia e naturalmente a tem. Por isso é que, quando o vírus daquilo que eu intitulo de  ‟MALHOFRACA″, (mal da hora fraca) lhes roça e me chega ao conhecimento, fico com o coração profundamente chamuscado e elanguescido. Hora fraca para o meu dilecto Moyana porque? Porque depois que o Dlakama terminou a sua entrevista, ele (Moyana), por sua vez deixou-se entrevistar por algumas Televisões, onde tomou a dianteira aos Mazangas e Muchangas para nos ”ajudar a compreender″ as razões pelas quais Afonso Dlakama e o seu movimento se preparam para boicotar os próximos pleitos eleitorais, porque na sua óptica, (Moyana), Dlakama está coberto de razão, até para assassinar Policias(!?). E, com um audacioso discurso desportivo, comparou a Comissão Nacional de Eleições, ao Clube de Desportos do Maxaquene, que tendo ganho o Campeonato no ano passado com 11 jogadores, este ano pode-se preparar para jogar com 13.(Clamem!) Um dos tropos mais ridículos e sem graça que alguma vez já ouvi. No depoimento do meu idolatrado descobre-se uma ponta de presunção de que as eleições ganhas pela FRELIMO é porque todos os Membros das Comissões de Eleições (da Nação á Província) são membros da FRELIMO. Isto dito por uma pessoa de bom senso e razoabilidade como o meu idolatrado Moyana. Repito, toldou-me e feriu-me o coração. Porque como é do domínio de muitos, mandam as regras dum bom Jornalismo que umaprática do bom jornalista é ouvir com isenção as partes envolvidas e registrar objetivamente o que ouviu, fornecendo ao leitor ou ouvinte subsídios para que este seja não apenas informado, mas também capacitado a assumir uma posição inteligente ao fim da leitura e processamento da informação. Qualquer coisa diferente disso deixa de ser transmissão e passa a ser manipulaçãoda notícia. Faz parte do bom jornalista e porque não, dos meus (eleitos) seremconsistentesno tratamento das matérias por elesabordadas. O meu amigo que me perdoe, mas não foi só a mim que me feriu mas a um naco de seus admiradores. Foi um mau papel aquele que desempenhou em Gorongosa. Paciênciaque fazer… a magoa vai passar. Só que, como disse o filósofo que tenho vindo a citar: Juntar as partes de um coração partido é a mais pura falsidade”. É caso para contrariar o filho do Carpinteiro de Nazaré e dizer:“Pai, não lhes perdoe porque sabem o que fazem!”

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