“…e ao seu cavaleiro, foi-lhe dado tirar paz da terra para que os homens se matassem uns aos outros; também lhe foi dado uma grande espada.” Ap 6:4 Na passada Sexta-feira, completaram-se vinte e um anos da aparente Paz, ou se quisermos do aparente calar das armas.
Durante este período, nasceram muitos compatriotas, hoje já homens e mulheres feitos. Porém, muitos deles pouco ou nada sabem sobre os reais motivos que teriam causado as duas guerras que devastaram este País: a Luta de Libertação Nacional e a tal que forçosamente se deseja seja tida como de Luta pela Democracia! Isto justifica por um lado o comportamento de determinados Cidadãos perante algumas datas Históricas. A grande dose de culpa incide naturalmente no nosso sistema de educação, pois não é difícil encontrarem-se culpados de certa ignorância quando por exemplo se pergunta a um aluno ou um cidadão anónimo, o significado do dia 7 de Setembro de 1974 e ele responde que foi nessa data que se assinaram os Acordos da Paz em Roma e ao mesmo tempo quando em pleno 4 de Outubro o mesmo aluno ou cidadão anónimo responde que essa data (4 de Outubro) é o dia da Independência Nacional! Cadê o ensino de Educação Patriótica ou Educação Moral e Cívica nas escolas? “Nossoutros” que, “milagrosamente”, atravessamos a “Trocha” traçada pelas duas guerras e conseguimos sobrevivê-las, não só conhecemos de cor e salteado as reais motivações que deram aso para o desencadeamento da insurreição geral armada iniciada entre outros sítios, em Chái em 25 de Setembro de 1964, como temos obrigação de passar o testemunho para a presente e futuras gerações. Sobre a primeira, pouco há que não seja do domínio de todo o Moçambicano que se prese, pois era necessário expulsarmos o colono opressor que não queria sair por bem, tendo-nos obrigado a pegar em armas para reavermos a nossa identidade. Já sobre a segunda guerra, não há consenso quanto às motivações, sendo que a que mais sobressai é a da existência de homens que se identificam como discípulos de Judas Iscariotes, com uma missão por cumprir. Segundo alguns entendidos toda a pessoa humana quando nasce já faz parte de uma engrenagem e ele entra como um dente dessa grande roda e assim engrenado, inicia uma caminhada carregando cada um o seu fardo e, no dizer da Terapeuta Marta Curto que escreve na Revista SOL (27/09/13), “A vida é uma viagem, as vezes em alcatrão, outras em areia, outras ainda no pântano. Não são os outros que nos dão os pneus ou os amortecedores”. Mas acreditando que a Mãe Natureza deu a cada um de nós o Livre Arbítrio de fazermos o nosso destino, cada um de nós faz a sua escolha, do caminho que querseguir; portanto,cada um sempre pode mudar dodestino, e que somente amorte é o único destino fixo para a espécie humana, o restante é randômico, ou seja, o depois de amanhã já existe traçado, mas ele não é fixo, pois o livro vai sendo reescrito conforme vamosvivendo o dia-a-dia, coforme vamostomando decisões! (Sei não), como dizem os brasileiros, porque se isso fosse verdade, de acordo com alguns Gnósticos, talvez Judas de Kariot (Kerioth), ou Iscariotes, Ish Kerioth: Homem de Kerioth), não quisesserepresentar opapel,de traidor. Ele queria o papel de Pedro. Porém, e segundo os mesmos entendidos o Filho do Carpinteiro de Nazaréjá o havia escolhido para o papel de Judas. De maneira que cada um dos doze aprendeu o seu papel de memória. É assim que também nos nossos dias e durante esta caminhada, cada um procura um cajado ou uma bengala na qual se apoia para amortecer os diversos solavancos que a caminhada nos proporciona. Escusado será repetir aquilo que toda a gente sabe de mim, que de todos os Cartapácios que transporto comigo nas costas como Peregrino, ou seja o alfarrábio que mais leio (diariamente) e me inspira, é o Livro Sagrado dos Judeus e Cristãos: A Bíblia, que como se sabe por seu turno é constituído por 66 (73) Livros, dependentemente se Protestante ou Católica Apostólica Romana. De entre esses Livros todos o mais difícil de se compreender, é (para mim) o Apocalipse,palavra que vem da língua grega, e tem como significado Revelação.Isto quer dizer tirar o véu, desvendar ou desvelar. Diz-se que este Livro(Apocalipse)foi escrito para revelar ao ser humano o Deus que está escondido na história da humanidade. Seria como revelar uma fotografia, no papelondeinicialmente não se vê nada, mas aos poucos devido às soluções químicas vãoaparecendo as figuras.Por outras palavras, diria que o Livro de Apocalipse está cheio de Profecias que segundo o entendimento de alguns dicionaristas, Profeciasignificapredição de um acontecimento futuro, um prognóstico, um oráculo…Nesse sentido, o prognóstico indica que entre nós existem um homem e seus seguidores que no fim de contas são todos eles Discípulos doHomem deKerioth com uma missão a cumprir, isto é carregam consigo a penosa missão de facilitar: “tirar paz da terra (Moçambicana digo eu), para que os homens se matassem uns aos outros”. Só que, segundo o Dr. Lucas, Médico e Companheiro de Paulo, no seu Livro intitulado “Actos dos Apóstolos” no Capitulo 1:18-19, escreve ele que Judas teve um final não menos feliz do que o da sua vítima. “Judas comprou um terreno com o dinheiro da traição (salário da sua iniquidade), depois, caiu de cabeça, rebentou e as suas entranhas espalharam-se. A notícia daquela sua (dele Judas)macabra chegou a todos os habitantes de Jerusalém que deram aquele terreno o nome de Hacéldama, que quer dizer “Campo de Sangue”. Já agora, alguém sabe me dizer qual é o verdadeiro nome do Santuário da RENAMO em Gorongosa?