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A luta contra o subdesenvolvimento é um compromisso de todos nós

Por admin

Sempre que organismos internacionais dão um retrato positivo sobre os estado da nossa economia fica tudo extasiado, mas quando o governo se debruça sobre o estado da nossa ignorância, os 

 

que julgam saber de tudo ficam ressabiados. E difícil reconhecer que o estado da nossa economia é excelente quando os índices da pobreza mantêm-se inalteráveis, mas é necessário que se entenda de uma vez por todas que a luta contra pobreza é um processo em curso e que é longo. As condições básicas existem, temos recursos naturais que são enormes e um executivo empenhado, desde a primeira hora, em fazer da erradicação da pobreza a primeira folha da sua agenda de governação. Mas neste combate o executivo conta com todos actores económicos nacionais e internacionais, é o compromisso de todos quadrantes políticos em conservarem o clima de paz.

 

 Indubitavelmente existe uma diferença entre saber e conhecer, quase idêntico entre o conhecimento empírico e científico. O discurso directo dos dirigentes sempre pedagógico torna-se em afronta, mesmo para aqueles cuja cultura é apenas jornalística e a base de perfomances miserabilistas. Há jornais e jornais, isto é, bons, e aqueles com os seus useiros libelos de mau profissionalismo. Quem faz a folha boa ou ma é a nossa obra. Existe também uma oposição política com falta de ética e deserta de ideias, e que gosta de andar de braço dado aqueles pseudo intelectuais que gostam de dar pedradas em série por julgarem chique e democrático. Temos uma constituição que é para ser respeitada por todos quadrantes políticos. Uma rescisão da lei magna só pode ocorrer depois de 5 anos.

 

Os cidadãos sabemque têm na Constituição a sua carta de direitos e liberdades. E os tribunais e os órgãos administrativos sabem que a devem conhecer e aplicar.

Qual o problema de o presidente falar no grau de obscuranstismo existente entre nós; um obscurantismo doentio que divide a harmonia social e familiar: alguns filhos contra as mães, famílias em briga por causa da feitiçaria. Muitos dirão que é da tradição. Mas as tradições se querem boas e não más. O que é bom é de preservar, mas o que é mau de eliminar.

Os politicamente correctos dirão que há médicos que inventam doença para ganhar dinheiro. Eu, cá respondo,..esse não pode ser médico, se existem profissionais desse quilate devem ser denunciados às autoridades competentes; à ordem dos médicos, e verem lhes retirada a carteira profissional e encaminhados à cadeia.

Mas Deixemo-nos de lerias e vamos ao que interessa. Ignorar a santa ignorância que existe na sociedade, e que em muitos casos se tornou uma filosofia de vida, é tentar tapar o sol com a peneira. Nas diversas comunidades que constituem a nossa sociedade, quando algum membro tem uma certa dificuldade na vida, quer seja doença, quer falta de emprego, ou ainda a instabilidade afectiva e/ou emotiva, etc., vai logo ao curandeiro (nyanga) que funciona com os seus tinhlolos. Este tem logo a resposta ou melhor a receita. Nada tem resposta simples e tudo é sobrenatural. Os condicionalismos da vida de muitos reflectem as opções que as as pessoas fazem na vida, inclusive aquelas baseadas em crenças ou convicções temporais. Se alguém não reza ao Senhor ou é agnóstico ou reza ao diabo.

 O homem é o centro de tudo sem contudo poder ser de todos. Cada um responde por si, competindo ao estado e ao privado definir prioridades  na perfeição e autenticidade de quem cria uma obra; um trabalho reconhecido é valorizado e capaz de gerar emprego e contribuir para crescimento económico. Comprendo quando se diz que a África está atrasada, afinal até para gerar empregos dependemos dos outros,… contudo, para mim, o que a África necessita é de potenciar profissionalmene as mulheres e de investimento. Nada mais. Em situação normal, sem a escravatura nem o colonialismo, a mulher africana assim como o homem são os mais produtivos no mundo. África vai vencer por o futuro lhe pertencer.

A luta contra o subdesenvolvimneto trava-se também ao nível cultural, onde o factor central é o dominio das tradições e artes, é a qualidade de pontificá-las gerações a fio como utensílio valioso de indespensável referência. Danças, música e cantares, assim como ritmos identificam o manancial existente entre nós, por província, distrito e localidade. Somos riquíssimos, acima das riquezas materiais que hoje brotam das minas e que todos querem porque significam dinheiro.Antes éramos ricos e ninguém olhava para nós, e apenas nós e apenas nós, sabíamos que éramos moçambicanos. Não será pelo dinheiro que deixaremos de ser cidadãos da pátria Amada.

O partido Frelimo é o guardião de Moçambique; os moçambicanos  sentem o partido como seu ponto de referência perante o mundo e a vida. Esta simbiótica sensibilidade prevalece desde a independência nacional e resume o existencialismo moçambicano ante a vida e a morte. Os que criaram a Renamo, que como é sabido tem um ódio visceral pelo partido Frelimo e pelos pretos, vêm há muito procurando um antítodo semeando a pibolarização  fictícia, à custa da ignorância  mesmo sabendo que a Renamo é indegesta para os moçambicanos.

Vivemos num mundo real de respostas científicas. Muitos deixam-se embarcar na infinita ignorância: uma incoerência. Muitos de nós nasceu no obscuratismo absoluto sendo difícil de lá sair; outros há, que nasceram na pobreza absoluta em que factores de opressão e os circunstacialismo da vida legaram ter de lá saído após vencer os fantasmas.

Qualquer negro africano sabe que para além da pele pela qual deve lutar enquanto for vivo, luta contra algo que só ele sabe e sente. Não foram as crenças obscurantistas com os seus feiticeiros e adivinhos que nos permitiram levar de vencido o colonialismo português. Nem será o obscurantismo que nos permitirá dar um salto de qualidade na vida. É precisamente aí onde reside a linha que nos divide e nos coloca entre o limbo e o inferno na charneira da globalização. Nós somos africanos e não ocidentais. Sei da existência de muitas mentalidades no nosso terreiro que acham que tudo o que é ocidental, e branco é melhor; que questionam o facto de no actual elenco governamenta não haver ministros brancos, etc. Este é o problema desse grupo e não nosso nacional moçambicano… se calhar tal como o Dhlakama vivem com saudades do colonialismo português.

A China, os chineses também foram como nós dominados e humilhados pelo colonialismo e racismo por um colonialismo brutal como também era o colonialismo português, no entanto a China se ergueu, sendo hoje reconhecidamente e por mérito deles próprios a maior potência económica no mundo. Aqueles que dominavam a China, hoje a lidar com a questão da dívida soberana, pedem ajuda económica e financeira àquele país.

Hoje em dia tudo é exportado da China para o mundo inteiro. Graças à China o centro de decisão transferiu-se no século XXI do Atlântico para o Pacífico, e nos organismos internacionais ninguém toma decisões sem consultar a China.

A China também tem as suas tradições, mas em nenhum momento se deixaram cegar ou alienar pelas mesmas; aliás foi a unidade, a paciência e Deus a reconhecer o mérito a um povo dedicado e trabalhador e sofredor. China e Moçambique, através do Partido Frelimo, são aliados desde os tempos de libertação nacional, no qual os chineses desempenharam um papel importante no fornecimento de material bélico, técnicos e instrutores. Depois da independência têm sido parceiros de alto grau, participando na construção de infra-estruturas económicas, como o Aeroporto de Mavalane, Estádio do Zimpeto, o edifício do Ministério do Negócios Estrangeiros, fábricas de processamento e participação na construção de várias infra-estruturas económicas, etc.

Num momento em que a União Africana completa 50 anos, a África está a definir o renascimento do continente. E a China é um aliado natural na luta pela libertação económica dos africanos. Moçambique e África Austral são baluartes da luta contra o neocolonialismo e dominação estrangeira. Somos também um povo trabalhador e criativo. A África possui imensuráveis recursos e Moçambique sentado em muitos deles. Assim como a África temos uma população jovem e uma classe média em crescendo, enquanto a Europa está a envelhecer em decadência e a olhos vistos. Caso lutemos com todas as forças contra as forças do obscurantismo sairemos de certeza da pobreza e subdesenvolimento que o colonialismo nos deixou. 38 Anos depois já demos mostras do que somos capazes, mas a luta continua. A luta contra a visão redutora existente na sociedade exige uma luta ferrenha de todos quadrantes contra o poder dos curandeiros e ociosos e cépticos; contra pessoas mal formadas, assim como o seu peso negativo de alguma influência estrangeira especialmente nas nossas crianças e juventude. Não tememos a globalização, mas estamos cientes dos malefícios.

Sua excelência o sr. Presidente tem o direito de falar e tocar na ferida do que mais aflige o seu povo. Ele é um educador. O que nos divide como família  tem como causa a ignorância, sendo um empecilho susceptível de dividir a nação. Se somos filhos da mesma pátria devemos reforçar a maior das auto-estimas: o orgulho em sermos mocambicanos.

Nao foram  os nossos pais mentores  que tanto deram e dão litro pelo nosso sucesso, quer na escola como na vida? O estado moçambicano, carente de quadros, tem sido sua preocupação prioritária formá-los com qualidade tanto no interior como exterior do país? Sejamos sensatos deixando de politiquices, usando apenas senso comum. Ninguém em seu pleno juízo pode ignorar os progressos na economia registados em Moçambique.

O estado da nossa economia precisa de todos nós a participar como actores principais do momento especial da vida da nossa nação, tal como foi  o 25 de Junho de 1975 nacional.

A luta contra a pobreza é uma luta contínua e não baseada em pressupostos imediatos ou convicções temporais.

Olhemos para a ciência e tecnologia como um espaço de conhecimento que nos permitirá atingir outros patamares de conhecimentos e domínios, e adquirir uma outra visão da sociedade e ser uma voz presente na economia do país; ter conhecimento do mundo e das diferentes variantes de conceitos político científicos que se sobrepõem à dúvida. Ter a capacidade de entender que a economia de Moçambique embora sustentável nos recurso naturais enormes os proventos do gás natural não são para agora. Virá o tempo, e em muitos casos será indirecta. No devido tempo vai produzir emprego para os que trabalham nos portos e caminhos de ferros e transportes.

Em relação ao gás natural poderá ser também através de produção de energia por centrais eléctricas que irão iluminar as nossas casas, o que nos permitirá usá-la para outros fins. Se o nosso presidente não pode falar-nos ao ouvido sobre o estado da nossa ignorância a quem iremos dar ouvidos?

Como podermos discerinir a atitude e imagem dos adversários de Moçambique quando ele aparentemente se exprime na língua que entendemos e diz aquilo que o coração deseja ouvir? A ignorância só pode ser amiga daqueles que nunca gostaram de trabalhar e de não fazer nada da vida. Os tais que acham que o executivo não pode dar lições sobre a ignorância. O objectivo é manter a ignorância como amiga, com o objectivo de distribuir a discórdia tal como potencialmente fazem com as notas difundidas nos jornais que a dominam.

Moçambique rumo ao progresso.

 

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