POR ANTÓNIO BARROS
“Também nós temos de fazer mais esforços no sentido de alterar algum do nosso comportamento, por vezes demasiado conservador, demasiado repetitivo e de excessiva lamúria, passando a ter uma visão mais modernizante, mais criativa, mais arrojada”. Li esta frase no boletim informativo da Associação Comercial e Industrial da Zambézia e lembrei-me que não passa um mês que o Governo de Moçambique, pela mão do ministro da Economia e Finanças, assinou com o Millennium Challenge Corporation (MCC), em Washington D.C., o desembolso de USD 500 milhões, no âmbito do Compacto II. O valor será integralmente aplicado na província da Zambézia para a construção, ampliação ou melhoria das estradas, construção de pontes, sendo a mais importante no rio Licungo, em Mocuba, e na agricultura comercial e mecanizada. O valor também será aplicado no desenvolvimento dos transportes rurais, mudanças climáticas e desenvolvimento costeiro. Os zambezianos e as suas empresas, sediadas no espaço geográfico da província ou noutras regiões do país, dos diversos ramos de actividades, principalmente das áreas onde o valor vai ser aplicado, devem começar a movimentar-se para, de forma modernizante, mais criativa e arrojada, individual ou em parceria, concorrer para ficarem com pelo menos uma parte dos trabalhos que serão adjudicados, para que não fique tudo na mão de empresas internacionais. Aliás, é sabido e foi amplamente divulgado que as regras do MCC impõem que os concursos para os diversos projectos sejam de carácter internacional, sem favorecimentos regionais, inclusive das empresas norte-americanas. Leia mais…