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Resiliência nas construções deve ser levada a sério

Por Idnórcio Muchanga

O vice-ministro da Educação e Desenvolvimento Humano, Armindo Ngunga afirma que as questões ligadas à resiliência nas obras de construção de infra-estruturas sociais e económicas devem ser levadas a sério em Moçambique para evitar a perda de vidas humanas e a destruição das infra-estruturas.

No caso do sub-sector de Educação, Ngunga disse que será necessário fazer uma revisão do estado em que se encontram as cerca de 13 mil escolas existentes no país para verificar o nível de intervenção de que estas devem beneficiar para se tornarem robustas perante as intempéries.

Temos que preparar a sociedade e as infra-estruturas. Precisamos fazer perceber aos que planificam investimentos e também aos que financiam e edificam, que as mudanças climáticas são uma realidade e, no caso do nosso país, vão ocorrer com cada vez mais frequência e intensidade”, frisou.

Armindo Ngunga, que integra a delegação de Moçambique na VI Plataforma Global para a Redução de Desastres, que decorre em Genebra, na Suíça, enfatizou que Moçambique tem localização geográfica estratégica para fins económicos e, em simultâneo, desvantajosa em termos de vulnerabilidade a calamidades.

Viemos a este evento para interagirmos com outros países e aprendermos deles sobre como reagir e orientar a sociedade para que os fenómenos naturais não se transformem em tragédias”, sublinhou.

Fez saber que Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano está a incorporar as questões de resiliência nas novas construções e tomou como exemplo o projecto Escola Segura, financiado pelo Banco Mundial, por via do qual foram erguidas cerca de 2000 escolas em todo o país e o reforço da cobertura de outras 250.

O país tem 13 mil escolas e precisamos revisitá-las para vermos como podemos incluir questões de resiliência na sua estrutura porque o assunto é sério”, enfatizou.

PLATAFORMA GLOBAL EM MARCHA

 

A Plataforma Global, cujo lema é “Dividendos de Resiliência: Rumo a Sociedades Sustentáveis​e Inclusivas”,arrancou formalmente na tarde de hoje e foi precedida de vários encontros preparatórios com destaque para a reunião dos pequenos Estados insulares em desenvolvimento, a quartaConferência Mundial de Reconstrução, a segundaConferência de Alerta Múltiplos, o Fórum de Partes Interessadas, o Fórum de Ciência e Políticas e vários consultas regionaisgrande parte delas presenciadas por elementos da delegação moçambicana.

Na cerimónia de Abertura, a representante especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para a Redução de Risco de Desastres, Mami Mizutori, disse pretender que o encontro destaqueos benefícios resultantes da redução do risco de desastres em termos de salvar vidas e proteger meios de subsistência.

Referiu ainda que as discussões devem também estar voltadas para a maior contribuição que a redução do risco de desastres pode trazer para o alcance dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável e do Plano de Acção sobre asMudanças climáticas.  

Referiu que será fundamental que se dê orientação sobre como se pode assegurar que até 2020 os países adoptem estratégias nacionais e locais para redução do risco de desastres e que estas sejam inclusivas e  centradas nas pessoas e nas questões de género.

Fez saber que os resultados deste encontro serão encaminhados ao presidente do Conselho Económico e Social das Nações Unidas como uma contribuição para os próximos debates do Fórum Político de Alto Nível sobre Desenvolvimento Sustentável e ainda serão estruturadas para serem debatidas na Cúpula do Clima da Organização das Nações Unidas e na Conferência de Partes (COP) que será realizada no final deste ano.

Ainda hoje, a representante especial do Secretário Geral das Nações Unidas para a Redução de Risco de Desastres, Mami Mizutori, lançou o Relatório de Avaliação Global sobre a Redução de Risco de Desastres que recomenda aos governos a tomarem medidas urgentes para evitar perdas humanas e materiais por calamidades naturais.

Texto de Jorge Rungo em Genebra

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