Vinte e três por cento dos reclusos encarcerados no Estabelecimento Penitenciário Provincial de Maputo vivem com HIV/SIDA e doenças associadas.
Grande parte dos doentes tem HIV (507), seguindo a tuberculose (27) e infecções respiratórias (20).
Só em 2015 cinco (5) internos perderam a vida vítimas de HIV/SIDA e tuberculose. O Ministério da Justiça explica que grande parte dos cidadãos vêem infectados antes do encarceramento.
Para evitar a propagação da tuberculose, a direcção do Estabelecimento Penitenciário Provincial de Maputo optou pelo isolamento dos doentes identificados.
O director do Estabelecimento Penitenciário Provincial de Maputo, Castigo Machaeie, disse que a minimização destes problemas passa pela construção do novo estabelecimento penitenciário regional sul na Moamba que prevê várias divisões para doentes de tuberculose, com perturbações mentais e outras que requeiram cuidados especiais.
Machaeie ajuntou que mesmo sendo o maior estabelecimento prisional, com uma população que ascende as duas mil pessoas, ainda não foi reportado caso de cólera.
“Conseguimos esse feito melhorando o saneamento do meio, apesar de sabermos que os sanitários da área prisional não têm capacidade, tendo em conta a demanda”, disse.
Como forma de garantir a higiene colectiva e saneamento do meio a direcção da cadeia distribui diariamente creolina, cloro, sabão líquido, povim e javel para desinfecção das fossas, caixas cépticas, celas, lavabos e cozinha.
Outra medida levada a cabo é o tratamento de água com certeza, limpeza e desinfecção de tanques de água semestralmente, pulverização das celas de três em três meses.