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“Quero acabar com o saque”

Por admin

Américo Ubisse que já foi alvo de uma carta anónima redigida pelos trabalhadores da CVM há sensivelmente um ano e publicada neste jornal reagiu nos seguintes termos à segunda investida dos funcionários.

Eu fui contratado para salvar economicamente a instituição que se encontra numa situação de crise financeira aguda com atrasos salariais que variam de três a dez meses, embora os trabalhadores afectos nos projectos estejam com salários em dia”, disse Ubisse.

Diz também que quando foi convidado como SG outra das missões era acabar com a pilhagem financeira algo que já está a acontecer, por isso os saqueadores viraram a atenção para os mantimentos na logística.     

Segundo a fonte, o movimento que designou de desestabilizador já efectuou vários encontros inclusive com o Conselho Executivo Nacional, órgão superior da Cruz Vermelha, com o intuito de forçar aquele colectivo a suspender o secretário-geral. Mas, segundo contou Ubisse, o CEN questionou a validade da carta, porque a mesma não é representativa em termos de número de assinantes.

A fonte entende que haja um grupo de funcionários a braços com processos disciplinares acusados de vários ilícitos na instituição que procuram a todo custo se livrar dele.

Trata-se de uma rede complexa que o SG disse estar a tentar eliminar.Ubisse negou todas as acusações que pesam sobre ele, desde abuso de poder, criação de grupinhos, marginalização dos grupos de tomada de decisão, tentativa de venda do património da organização e controlo das contas da organização.

Ubisse fez saber que vive fora da cidade, a 25 quilómetros do serviço, portanto os gastos de combustível por ele efectuados não podem ser comparados com os dos anteriores SG que viviam a menos de dois quilómetros da instituição.

Quanto ao uso indevido de viatura da instituição, ele garante que foi a responsável do sector de transportes que cedeu o carro para o transporte da filha de casa para escola e vice-versa. “Essa decisão foi tomada quando se verificou que nas minhas obrigações de pai, eu saia no intervalo das 12:30 às 14 para buscar a minha filha na escola”, defendeu-se a fonte.

Para ele, estas alegações são infundadas e desprovidas de qualquer sentido, pois o seu desafio é justamente acabar com os saqueadores da instituição.

Como forma de provar o seu comprometimento com a instituição, Ubisse aceita a vinda de uma auditoria da Federação Internacional da Cruz Vermelha para verificar a situação financeira.

“Recebi garantias dos três auditores, um queniano, um tswana e outro vindo de Genebra que enviariam o relatório duas semanas depois, mas como sabe as nossas actividades são regidas pela Federação Internacional, porém eles deixaram uma recomendação para que se fizesse uma auditoria interna, externa ou forense”, explicou a fonte.

Ubisse fez saber que embora a Imprensa já o tenha dado como suspenso, tal não constitui verdade, pois no encontro que teve com CEN na passada quinta-feira este colectivo não encontrou matéria para o suspender.

O secretário-geral concluiu dizendo que a padaria construída em Xai-Xai é da CVM e que o dinheiro dos parceiros e do donativo em forma de roupa foi todo canalizado para as contas da instituição, excepto aquele levado pelos funcionários em forma de crédito.

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