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Polidores contra a proibição de lavagem de carro na via pública

Por admin

Os Polidores de carros da zona baixa da cidade de Maputo marcharam hoje até o Conselho Municipal da Cidade de Maputo, em protesto a medida de proibição de lavagem de carro na via pública, decretada pelo Conselho Municipal de Maputo, no âmbito do Artigo 40.3 da Postura de Transito.

Os polidores que cantavam em corro “é para trabalharmos aonde, é para roubarmos?” carregavam consigo o material de trabalho, baldes, sabão, escovas e panos, onde as vezes barravam as viaturas na via pública por onde marchavam.

Segundo Moisés Zitha, polidor a mais de dois anos, manifestou seu descontentamento em relação a lei aplicada pelo Conselho Municipal de Maputo. “Não é correcto o que o Conselho Municipal fez de aprovar uma lei que proíbe-nos de lavar carros na via pública. Há anos que consigo alimentar a minha família na base com o dinheiro que conseguia por dia”, lamentou.

Por sua vez, André Mondlane, outro polidor que habitualmente lavava carros na Av. Samora Machel, disse que lavar carros na via publica era trabalho deles. “É difícil ter emprego agora, porque mesmo pessoas que estudaram não conseguem trabalhar e nós, é para roubarmos assim que proíbe-nos de lavar carros na rua”?, questionou.  

A acção, que é desencadeada pelo Conselho Municipal de Maputo pretende minimizar a danificação do asfalto e de passeios com a acumulação de águas e detergentes usados na limpeza de veículos.

Em relação àquela infracção prevê-se a aplicação de uma multa que varia entre 750 e 1000 Meticais. A sanção, segundo o comandante da Polícia Municipal, António Espada, recai sobre os proprietários das viaturas pois, parte-se do pressuposto de que o acto acontece depois de um acordo entre este e o polidor.

Se antes o bloqueio de veículos denunciava mau estacionamento agora, a medida estende-se a carros devidamente estacionados, mas que estejam a ser lavados na via pública.  

Entretanto, a medida, que visa sensibilizar os munícipes sobre as normas municipais em vigor na capital, constitui ainda uma novidade quer para os polidores quer para os condutores, que dizem ter sido apanhados em contra pé.

Porque a violação da postura acontece em várias esferas, a responsabilização dos infractores, vai igualmente para os peões que, doravante, são obrigados a usar as passadeiras e pontes aéreas, onde estas existam, para atravessar a via.

Idnórcio Muchanga

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