“Pobreza e Riqueza da Universidade” é um dos temas que mais despertaram o auditório da conferência científica. Brazão Mazula, depois de buscar formulações científicas de vários autores e de
várias épocas em que se colocava a investigação como pão de cada dia, observou o facto de alguns não investirem nesta área, “isto por pretenderem ganhos imediatos. Entretanto, “não posso considerar as consultorias como a área de investigação pura. Ser cientista é uma vocação”, disse Mazula.
É neste prisma que de forma implícita criticou o corpo de docente que se considera o expoente máximo do conhecimento. “Alguns chegam a dizer aos seus estudantes que se conseguirem reter 15 por cento do seu conhecimento é muito bom. Outros julgam que um 12 é a máxima nota e pode dar lugar a dispensar do exame”, observou, classificando esta atitude como parte integrante da pobreza da Universidade.
Mazula chamou atenção ao Governo para que aumente orçamento das universidades públicas, de modo a cumprir a sua missão de docência e de investigação. “Para tornar uma universidade rica é preciso que haja meios disponíveis para a investigação. Não podemos depender, apenas, de fundos externos. Saibam que quem dá dinheiro encomenda a linha de pesquisa”, sintetizou.