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Os sinais de trânsito tornaram-se inimigos dos condutores?

Por admin

Pode parecer caricato, mas é uma das conclusões a que se pode chegar quando se fala de condução. Nas cidades de Maputo e Matola, arrancar de forma violenta os sinais reguladores de

trânsito rodoviário tornou-se uma moda que veio para ficar. Os automobilistas, que parecem não simpatizar com os sinais, resolveram destruí-los, um pouco por todo o lado. A seguir, trazemos alguns exemplos de como neste país são “maltratados” os sinais colocados nas nossas estradas.

Entre os nossos automobilistas, parece haver uma corrente que mostra uma certa aversão em relação aos sinais de trânsito. Essa corrente leva-nos a crer que os sinais dificultam, de certo modo, a vontade de se circular livremente na via pública.

O nosso percurso de avaliação começa na zona do Bairro Trevo, no Município da Matola, numa rotunda bem conhecida pelo nome de “nó da Machava”, que acomoda um tráfego intenso.

Mesmo tendo como obstáculo fixo uma vala de drenagem, um automobilista foi capaz de transpor a valeta com a finalidade de atingir e deixar empenado um poste que suportava o sinal de aproximação de uma lomba.

Não muito longe do local a que nos referimos, no cruzamento da entrada da Avenida das Indústrias, um outro condutor, achando que o semáforo não apresentava boa estética ao lugar, resolveu derrubá-lo.Até hoje os destroços da destruição são bem visíveis no local e, estranhamente, o trânsito se processa normalmente, o que nos leva a alinhar com razão na visão de uma dada corrente de automobilistas que circulam nas nossas estradas.

A menos de um quilómetro do lugar que anteriormente nos havíamos referido, mais concretamente na zona da fábrica de produção de refrigerantes Coca-Cola, alguns postes de semáforos foram afectados pela saga destruidora dos nossos automobilistas.

Próximo do Centro de Acolhimento Dom Bosco, ainda na Machava, mais concretamente no desvio para o bairro Patrice Lumumba, um dos condutores da praça resolveu deitar abaixo um poste que suportava o sinal de proibição de inversão de marcha.

Na zona do Estádio da Machava, onde existe um cruzamento bastante movimentado, de onde se pode estabelecer a ligação com os bairros “T3” e Zona Verde, um dos postes que suportava um semáforo luminoso foi derrubado.

Já na cidade de Maputo, na Avenida Joaquim Chissano, mais concretamente no nó de ligação ao bairro da Maxaquene, um condutor resolveu atingir um poste com o sinal de limite de velocidade.

Junto do quintal da Igreja Nossa Senhora das Vitórias, na Malhangalene, o sinal luminoso e o respectivo poste de suporte tiveram que “ajustar contas” com um dos nossos automobilistas, saindo derrotado pelo condutor.

Os vestígios da destruição ainda jazem no local e temos vindo a notar estranheza em termos de filosofia de condução, o trânsito tem sido processado com total normalidade.

Candeeiros reflectores

Em matéria de condução nas nossas estradas surgiu uma nova corrente, tendo esta como base a região da Zambézia, cuja sinalização rodoviária sofreu um tipo de sabotagem que o Homem alguma vez pensou que pudesse acontecer.

Uma vez que nas estradas classificadas e, quase na generalidade das nossas vias importantes, colocou-se reflectores como um dos sistemas de segurança rodoviária, as povoações se “zangaram” com a sinalização e resolveram arrancá-la.

A finalidade, segundo soubemos há bem pouco tempo na cidade de Quelimane, seria levá-los para casa com o objectivo de os adaptar como candeeiro.

Contudo, terão ficado os seus autores materiais de certo modo defraudados, uma vez que o reflector só transmite a sensação de iluminar quando se coloca contra esse sinal um ponto de luz. Ele não actua com base na energia produzida por uma bateria ou outro meio de geração de corrente eléctrica.

Benjamim Wilson

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