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Necessidades dos afectados ascendem 103 milhões de dólares

Por admin

Moçambique necessita de 103 milhões de dólares norte-americanos para assistência às vítimas da seca nas províncias de Maputo, Gaza, Inhambane, Sofala, Tete,  Manica e Zambézia, segundo o director do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), João Machatine.

Dados estatísticos mais recentes revelam que perto de 1.500.000 pessoas estão na situação de insegurança alimentar, nas províncias referidas, com excepção da Zambézia onde ainda decorre o levantamento de informação.

O cenário de seca classifica-se como severo e até Junho estima-se que afecte 1,7 milhões de pessoas nas regiões sul e centro.

O INGC convidou parceiros de cooperação, nomeadamente, Agência de Cooperação do Japão (JAICA), Programa Mundial de Alimentação (PMA), Agência do Estados Unidos para o Desenvolvimento (USAID), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Banco Mundial e o governo da Itália para falar da situação actual da seca.

João Machatine disse o INGC aguarda esta semana uma resposta definitiva dos parceiros a respeito da definição de pacotes de ajuda no quadro da emergência.

A JAICA poderá ajudar na disponibilização de água às comunidades. O Programa Mundial de Alimentação pretende assistir, nos próximos 12 meses, cerca de 700 mil pessoas.

A USAID predispôs-se a accionar mecanismos e disse ter dois possíveis programas de assistência. A Itália avançou que está a finalizar a proposta para apoiar na província de Inhambane. O Banco Mundial também transmitiu possíveis janelas a serem acedidas.

Machatine afirmou que a sua instituição necessita mensalmente de 13 milhões de dólares para assistência às vítimas, valor que seria destinado à compra de 13 toneladas de cereais e duas mil toneladas de feijão.

Entretanto, uma apresentação exibida durante o encontro de um dia, pelo secretariado técnico de segurança alimentar, dá conta que as reservas de cereais já se esgotaram nas famílias e só menos de dez por cento de camponeses espera colher algo nas suas machambas.

O documento revela ainda que nas províncias de Tete, Manica e Sofala, um número considerável de crianças com menos de cinco anos vive em situações preocupantes de desnutrição.

 

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