Naquele distrito, a nossa Reportagem tentou inteirar-se da situação de alguns devedores e foi confrontada com uma triste realidade: muito dinheiro entregue a mutuários é dado como perdido
em virtude de alguns terem perdido a vida, outros encontrarem-se doentes e alguns simplesmente terem desaparecido da zona.
São cinco casos concretos. Na localidade de Muda Serração, posto administrativo de Inchope, Pita Mateus Mutonje recebeu cem mil meticais em 2008 e é dado como desaparecido e/ou com indícios de perturbação mental, segundo fontes familiares. As comissões de cobranças do posto administrativo e localidade recuperaram junto da família somente três mil e quinhentos meticais.
No posto administrativo de Matsinho-sede, o cidadão Constantino Lauzo Covane recebeu 40 mil meticais em 2011. Dias depois perdeu a vida por consumo excessivo de bebida alcoólica. A família conseguiu repor apenas 18 mil meticais e aguarda-se pela decisão do tribunal. Ainda no mesmo posto administrativo, a senhora Suzana F. Armando levantou 314 mil meticais em 2010. Meses depois, sumiu para lugar incerto com o dinheiro. Até este momento desconhece-se o seu paradeiro. Em Amatongas, o cidadão Miguel Fraga, pediu 221 mil meticais destinado à criação de suínos. Perdeu a vida e presentemente foram recuperados 38.700,00 meticais.
Jána localidade de Cafumpe, posto administrativo de mesmo nome, a senhora Maria Duarte João Capiripiri, também perdeu a vida em 2011 depois de ter contraído uma dívida no valor de 190 mil meticais do FDD em 2010. Para reaver o dinheiro, está em curso uma acção junto dos familiares.