Início » Mathlemele e Nwamatibjana sem infra-estruturas básicas

Mathlemele e Nwamatibjana sem infra-estruturas básicas

Por admin

População dos bairros de Matlhemele e Nwamatibjana, no município da Matola, clama por infra-estruturas básicas, sobretudo no âmbito da prestação de cuidados primários de saúde. Devido à falta de transportes públicos, doentes são forçados a percorrer longas distâncias, às vezes fazendo-se transportar por carrinhas de mão, para tratamentos em unidades sanitárias localizadas em Nkobe e Matola-Gare.

Carrinhas de mão são usadas para transportar doentes para o Centro de Saúde de Kobe ou de Matola-Gare, sobretudo no período da noite.

A informação cai que nem uma bomba e expressa o drama que a população dos dois bairros experimenta no dia-a-dia. A nossa Reportagem apurou que até mulheres grávidas são transportadas nestas condições.

Narcizia Mombe, moradora de Mathlemele, que disse à nossa Reportagem que viveu na pele essa experiência desagradável: “Sou prova viva dessa realidade”.

A par da falta de transporte e unidades sanitárias, os bairros de Mathlemele e Nwamatibjana, no município da Matola, estão igualmente carentes de energia eléctrica, água, não obstante estarem a registar um crescimento no que diz respeito ao número de residentes.

O comércio informal vai conquistando espaço. São notáveis, nos dois bairros, pequenas bancas, algumas à porta do quintal, recheadas com um pouco de tudo.

O surgimento destes pequenos comerciantes preenche lacuna importante no que diz respeito ao fornecimento de produtos alimentares básicos e elimina a dependência em relação a outros bairros circunvizinhos, especialmente em relação ao mercado Grossista de Zimpeto. 

Com o crescimento demográfico e da rede comercial, a interligação à rede eléctrica tornou-se assunto a ser levado em consideração. Neste momento, a população é obrigada a comprar barras de gelo (que custam aproximadamente sessenta meticais) para a conservação de produtos frescos e bebidas. À noite os moradores são obrigados a usar candeeiros, velas e lanternas para iluminação.

 

FALTA DE ÁGUA:

OUTRA “DOR DE CABEÇA”

Os bairros de Mathlemele e Nwamatibjana ainda não beneficiam dos pequenos sistemas de abastecimento de água e muito menos beneficiam da cobertura da rede de distribuição do Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de água (FIPAG).

Algumas famílias naquelas zonas percorrem distâncias consideráveis para encontrarem fontanários. Outras abrem poços em suas residências, ajudando dessa forma as famílias vizinhas.

Antonieta Vilanculos é moradora do bairro Nwamatibjana e pratica o comércio informal, vendendo pão. Conforme afirmou, poderia alargar as opções de venda não fosse o facto de não poder ter um congelador para conservar produtos frescos como peixe, frango e carne.

“Sem energia, água potável, e outros serviços básicos, sentimo-nos completamente limitados”, referiu.

Adelaide Zentura, outra moradora Nwamatibjana, vendedora de petróleo, mostrou-se agastada com a falta de serviços básicos. “A água que consumimos é imprópria. Só que na falta, não nos resta outra alternativa”, frisou.

Você pode também gostar de:

Leave a Comment

Propriedade da Sociedade do Notícias, SA

Direcção, Redacção e Oficinas Rua Joe Slovo, 55 • C. Postal 327

Capa da semana