O Instituto de Formação de Professores de Chibata, no distrito de Vanduzi, província de Manica, graduou recentemente 406 professores primários. Deste número, 332 são estudantes que frequentaram o curso inicial no modelo 10ª classe mais um ano de formação, enquanto os restantes 74 estudaram a distância. Os graduados no ensino a distância são professores em exercício nas diferentes escolas da província de Manica.
Este é a sétima graduação de género que acontece desde que aquele centro de formação foi criado em Maio de 2007. Com o término deste curso, sobe para cinco mil 144 o número de professores formados por aquela instituição de ensino.
O curso ora terminado iniciou com 380 formandos todos em regime de internado e 366 chegaram ao fim do curso, sendo 184 homens e 182 mulheres. Receberam seus diplomas 332 graduados dos quais 175 homens e 157 mulheres, correspondente a 90.7 por cento. Durante a formação, catorze estudantes reprovaram devido ao fraco aproveitamento pedagógico e outros motivos associados.
Falando na cerimónia de graduação que foi testemunhada por membros do governo provincial e central, familiares e amigos dos estudantes, o director do Instituto de Formação de Professores de Chibata, Raul Ricardo, disse que paralelamente a esta formação inicial, o IFP de Chibata coordena núcleos de formação em exercício em todos distritos da província de Manica, como forma de estimular as iniciativas dos professores em exercício e a comunidade em geral a apostar na formação académica e profissional. É no quadro deste programa que fez que 74 professores foram igualmente graduados por aquele estabelecimento de ensino profissional.
Raul Ricardo referiu que para este anos lectivo foram submetidos as provas de admissão para o sétimo curso, 1.976 candidatos e destes 781 são do sexo feminino e os restantes homens.
Por seu turno, o director nacional de Alfabetização e Educação de Adultos no Ministério de Educação, Laurindo Nhacune, disse que os professores que acabam de ser formados vão contribuir sobremaneira no combate ao analfabetismo, principalmente nas comunidades mais recônditas da província e do país em geral.
Lembrou que a qualidade de ensino continua a ser uma das maiores exigências da sociedade moçambicana. Para tal é necessário que se aposte cada vez mais na formação de professores para permitir que se possa oferecer cada vez melhores serviços para uma educação relevante e participar no processo de desenvolvimento de formas consciente e científica.
O melhoramento da qualidade de ensino continua e continuará a ser uma grande prioridade para o Estado moçambicano. “ Quando formamos mais professores estamos a cumprir com aquilo que são os desafios porque sabemos que quando temos mais professores, melhores serviços podemos oferecer a população. Com professores formados teremos melhor qualidade de ensino. Deixaremos de ter turmas superlotadas, o que tem constituído problema no processo de ensino e aprendizagem. Também teremos muitas escolas nas zonas mais recuadas do nosso país. Portanto, a graduação que testemunhamos é o sinónimo dos esforços que o governo tem vindo a fazer para resolver este problema, dando resposta a esta questão que é colocada pela comunidade e que é legítima, porque nos exigem que os seus filhos saibam ler, contar e usar os conhecimentos para melhoria das suas condições de vida”.
Num outro desenvolvimento aquele director referiu que ainda este ano serão graduados no país, seis mil e 500 professores. Este número ainda não satisfaz aquilo que é défice do sector que anualmente necessita de cerca de oito mil 500 professores para diferentes subsistemas de ensino.
Para minimizar o problema de insuficiência de docentes, Laurindo Nhacune afirmou que para além dos professores que serão graduados no presente ano, o sector poderá receber outros profissionais formados noutras instituições, o que vai contribuir significativamente no aumento de quadros no sector de educação.
Em representação da governadora da província de Manica, o Secretario Permanente provincial, António Mapure, disse na sua intervenção que os novos docentes vão engrossar as fileiras de profissionais que lutam no dia-a-dia pela promoção do saber, saber fazer para que os moçambicanos tomem parte activa na promoção do desenvolvimento e do bem-estar da maravilhosa população.
Através duma mensagem, os graduados comprometeram-se em respeitar e fazer valer os conhecimentos adquiridos durante a formação, contribuindo para o combate a pobreza, com maior enfoque nas zonas mais recônditas do país.
Domingos Boaventura
