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ESUDER gradua 209 estudantes

Por admin

A Escola Superior de Desenvolvimento Rural (ESUDER) da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) graduou, na última sexta-feira, em Vilankulo, Inhambane, 209 estudantes nos cursos de licenciatura. Destes, 64 porcento são do sexo masculino e 36 do sexo feminino.

Trata-se da quarta cerimónia desde que aquela instituição entrou em funcionamento, em 2008. Os graduados são licenciados em Agro-processamento, Comunicação e Extensão Rural, Economia Agrária, Engenharia Rural, Produção Agricola e Produção Animal.

Os novos técnicos superiores têm a missão, através dos seus conhecimentos, de ajudar as comunidades da zona rural a traçar estratégias com vista a melhorar as suas vidas. Para isso, será necessário aproveitar e explorar os recursos que existem nesses locais.

Espera-se ainda que os novos graduados ajudem a população que está em condições agro-ecológicas adversas a aumentar a sua produtividade e que encontrem mercado para a comercialização dos seus produtos.

O reitor da UEM, Professor Doutor Orlando Quilambo, instou os graduados para encontrarem formas de estabelecer uma cadeia completa de valor entre a produção e o mercado, e que as águas que abundam pelo país sejam aproveitadas para a irrigação, aumentando desta feita a produção.

“Por exemplo, ajudem através da agricultura de conservação e outras técnicas que se aumente a produção e produtividade, contribuindo para a redução da fome” disse Quilambo.

CIENTES DAS DIFICULDADES

Os estudantes graduados pela Escola Superior de Desenvolvimento Rural (ESUDER), depois de ouvirem as orientações dadas pelo reitor, disseram que estão prontos para transmitir os seus conhecimentos às comunidades, tanto da zona rural, assim como da urbana, por forma a encontrar mecanismo que garantam um crescimento sustentavel no país.

Os mesmos referiram que estão cientes das dificuldades que vão encontrar para se adaptarem com a nova realidade, embora reconheçam que as dificuldades não podem constituir uma barreira, uma vez que saem da escola munidos de instrumentos de trabalho.

Michael Cambene, licenciado em Economia Agraria, falando sobre o que pretende fazer nos próximos tempos, disse que terá muitos desafios pela frente e dentre eles está o incentivo que se deve dar à comunidade para ter o espirito de empreendedorismo.

Reconhece que não será uma missão facil convencer as pessoas, mas está confiante nas suas habilidades profissionais. “Primeiro, vou procurar uma afectação numa empresa pública, onde vou colher experiência profissional. Depois disso, vou-me dedicar à comunidade rural, onde pretendo transmitir os conhecimentos que adquiri durante o curso, associado com o que vou aprender na empresa”, disse.

Por sua vez, Paulo Mavaieie Junior, licenciado em Engenharia Rural, disse que sempre sonhou em fazer este curso, porque pensa que há necessidade de se fazer mais pela comunidade rural, por forma a melhorar a produção agrária e melhorar o saneamento.

“Tenho dois planos, primeiro continuar a estudar, segundo a traçar estratégias junto das comunidades para tirarmos o proveito da água, tanto dos rios, assim como das lagoas com vista a melhorarmos a produção agrícola. Em simultâneo, estaremos a combater a fome”,disse Mavaieie Junior.

Marília Sitoe, licenciada em Agroprocessamento, foi a melhor estudante do seu curso. Disse que a fase de estudante já passou e que agora pretende trabalhar em prol do desenvolvimento do país. “Eu quero ter trabalho, não emprego, porque no trabalho é onde terei a oportunidade de me dedicar com amor. Pretendo envolver-me em projectos nas comunidades para implementar aquilo que aprendi nos ultimos quatro anos do curso”, disse.

Dilsa Andrade, licenciada em Comunicação e Extensão Rural, referiu que o curso vai ajudar a quebrar o ciclo de pobreza que se faz sentir em várias comunidades mocambicanas, sobretudo na zona rural.

“Temos várias formas de quebrar esse ciclo. Mocambique é um país onde a base de sustento é agricultura, entao é necessario estudar formas para tirarmos aproveito das terras aráveis, produzindo comida em todos ciclos para posteriormente ser comercializada e consumida, pois assim estaremos a combater a fome, subnutrição e a dependência”, disse Dilsa Andrade.

Abibo Selemane

habsulei@gmail.com
Fotos de Boaventura J. Mandlate

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