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Desafio é eliminar importação de produtos alimentares

Por admin

O Ministério da Agricultura (MINAG) tem como perspectivas, a curto e médio prazo, eliminar a importação de produtos alimentares básicos e aumentar as exportações. Para o efeito, deverá

 prosseguir a implementação do plano director do agro-negócio visando dar um salto qualitativo no que diz respeito à transformação do produtor agrário de subsistência para um produtor comercial, para tornar o sector competitivo e sustentável. Esta decisão saiu de pacote de medidas desenhadas em Inhassoro durante os trabalhos do VII Conselho Coordenador daquela instituição.

Para a sua concretização, torna-se necessário garantir a produção de semente básica, determinante para o desenvolvimento da cadeia de produção de semente de qualidade, segundo disse o titular do pelouro, José Pacheco

O governante salientou que se impõe uma ligação entre a investigação e a extensão para que os centros zonais dinamizem a reciclagem e os extensionistas rurais no quadro da implementação do Programa de Transferência de Tecnologias Agrárias (PTTA) aos produtores para um salto qualitativo no âmbito da revolução verde.

Entretanto, o ministro reconheceu, durante os trabalhos daquela reunião, que a última safra agrícola esteve aquém das expectativas, pois não atingiu a meta de crescimento no que diz respeito à produção de alimentos básicos. Ficou-se pelos 5.6 porcento contra sete porcento do planificado.

Factores naturais adversos, nomeadamente, secas cíclicas e cheias foram apontados como os que contribuíram para a redução da produção de cereais, sobretudo do arroz.

Falando no encerramento da reunião, Pacheco pediu a união de sinergias e/ ou efectuação de parcerias mais sólidas e produtivas entre o Instituto de Investigação Agrária de Moçambique e as Instituições de Ensino Superior e técnico profissional, nas áreas afins, para acelerarem o desenvolvimento do sector agrário.

 Num outro desenvolvimento, afirmou que cada extensionista deve ser mais criativo, adaptando às condições do local onde estiver estabelecido.

CAJU E ALGODÃO

 No quadro do fomento da cultura de castanha de caju, o titular da pasta da Agricultura destacou a massificação do plantio de pomares policlonais a nível nacional como forma de aumentar e garantir a fonte do material. 

Igualmente, afirmou que há que promover a cultura de algodão, como uma das fontes de receitas para o reforço da balança de pagamentos e de renda para as comunidades locais.

No tocante à gestão de terras, o VII CC do MINAG recomendou a conclusão do trabalho de zoneamento agro-ecológico, em curso, bem como  a participação do país no processo de planeamento do uso e aproveitamento da terra em prol do desenvolvimento sustentável deste recurso natural.

O VII CC do Ministério não se resumiu apenas ao debate de matérias de avaliação do desempenho da instituição, bem como na discussão dos novos desafios, teve igualmente o condão de levar os técnicos de várias especialidades para os trabalhos no campo, onde tiveram encontros com os produtores com a finalidade de sentir o pulsar da produção de comida.

Nos locais visitados, Pacheco ficou encantado com o que viu: machambas totalmente verdes, exemplos vivos do aumento da produção hortícolas, não obstante ter encontrado algumas fruteiras já murchas como consequência de ataque de pragas.

Na ocasião, chamou a atenção dos extensionistas no sentido de, durante a implementação do Programa de transferências das novas tecnologias de producao, se dedicarem ao ensino de formas de controlo e combate das pragas que atacam as culturas.

O governante não só falou com os técnicos como também demonstrou como os técnicos devem proceder na instrução aos camponeses.

 Falando com os camponeses, Pacheco sublinhou que o objectivo do governo no campo de produção agrícola é potenciar a actividade, daí que são feitos estímulos materiais e financeiros.  

Os produtores de Inhambane, na sua intervenção, queixaram-se das dificuldades no escoamento dos seus produtos para os mercados. Igualmente, pediram a continuação da construção de infra-estruturas hidráulicas, de forma a permitir a prática da agricultura em qualquer local.  

METAS AQUÉM

DO DESEJADO

O ministro da Agricultura, José Pacheco, manifestou certa insatisfação pelo incumprimento das metas planificadas para a safra agrícola passada.

Na campanha 2011/2012 foi registada a produção na ordem dos 5.6 por cento, contra os sete planificados. Nos cereais, a produção do arroz quedou-se pelos cinco porcento.

A produção global das culturas alimentares alcançou 1.5 milhões toneladas de cereais, 395 mil toneladas de leguminosas, 171.2 mil toneladas de oleaginosas, 5.3 milhões de toneladas de mandioca, 205 mil toneladas de batata-reno, 586.7 mil toneladas de batata-doce e 1.1 milhões toneladas de hortícolas diversas.

 O subsector de pecuária colocou no mercado 11.5 mil toneladas de carne bovina, 984 toneladas de carne suína, 49 mil toneladas de carne de frango, 1.9 milhões litros de leite e 8.5 milhões de dúzias de ovo de consumo. No repovoamento pecuário foram disponibilizados cerca de 1.300 bovinos e 3000 caprinos para a reprodução e 1.900 bovinos para a tracção animal.

O sector do algodão, atingiu aquilo que foi considerado uma produção histórica ,184 mil toneladas de algodão caroço, tendo igualmente terminado a sua comercialização. A castanha de caju contribuiu na campanha agrícola em análise em 65 mil toneladas de castanha de caju.

Assim o VII concluiu haver necessidade de se buscar formas mais proactivas e sustentáveis para incrementar a producao e a produtividade, nomeadamente, solos férteis, água, as florestas para as gerações vindouras.

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