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Aeroporto de Nacala pronto em nove meses

Por admin

As obras de construção do Aeroporto Internacional de Nacala, em Nampula, deverão ser concluídas dentro dos próximos nove meses, isto é, até Abril de 2014.  Até ao momento, o nível da

 execução da obra situa-se nos 36 por cento, referentes às diversas fases das infra-estruturas internas que constituirão a mais moderna realidade aeroportuária do país.

Estes dados foram apresentados ao Primeiro-Ministro, Albertina Vaquina, que durante três dias efectuou uma visita de trabalho à província de Nampula, norte do país, onde escalou a capital e os distritos da Ilha de Moçambique e Nacala Porto, com o objectivo de monitorar o grau de implementação do Programa Quinquenal do Governo, do Plano Económico e Social 2013 e do Plano de Acção para a Redução da Pobreza.

A nova infra-estrutura, que vai compor o Aeroporto Internacional de Nacala, é avaliada em 177 milhões de dólares americanos. Está em construção desde Setembro de 2011. Terá um total de 16 balcões de “check in”, duas salas de embarque de passageiros, tanto para o nacional quanto para o internacional e uma capacidade para acolher, por ano, 500 mil passageiros. Nos dias de pico, o universo rondará os mil e 240 passageiros.

Ainda no capítulo da sua capacidade, a nova infra-estrutura terá quatro placas de estacionamento, duas para aviões de grande porte, tipo Boeing 747, e nas duas outras placas, estacionarão as aeronaves de médio porte que aterrarem e descolarem a partir daquela infra-estrutura aeroportuária.

O aeroporto, que ocupa uma extensão calculada em dois mil hectares, terá terminal de carga com capacidade para manusear quatro mil e 600 toneladas por ano, uma torre de controlo, uma área comercial entre outros serviços típicos de aeroportos modernos.

A pista de aterragem e descolagem, que será a maior do país, cujo comprimento é calculado em três mil e 100 metros por 845 de largura, já foi executada até mil e 800 metros, devendo o remanescente ser concluído até Agosto próximo.

BARRAGEM QUASE PRONTA

Em Nacala Porto, última escala do seu périplo, o Primeiro-Ministro, Alberto Vaquina, visitou também as obras de construção da Barragem de Nacala, cujo nível de execução dos trabalhos, até ao momento, é avaliado em 98 por cento, num investimento calculado em pouco mais de 37 milhões de dólares.

Trata-se de uma infra-estrutura construída entre 1968/75, mas que funcionava com deficiências em consequência das cheias havidas em 1982, que causaram danos sobre a sua estrutura e, por conseguinte incapacidade de servir ao propósito de armazenamento do precioso líquido para o abastecimento da cidade.

No entanto, a sua reabilitação visa fundamentalmente aumentar a capacidade da albufeira dos actuais 4.2 milhões de metros cúbicos para 6.6 milhões de água; aumentar a disponibilidade de água dos sete mil e 200 metros cúbicos por dia para 25 mil, destinados ao abastecimento à cidade de Nacala, assim como para garantir a segurança da infra-estrutura.

Na barragem, falta ainda a conclusão das guardas e testes de tubagem na ponte, arranjos dos taludes, guardas, passeios drenos e sinalização no desvio permanente, superestrutura, descarga de fundo, válvulas de acessos na tomada de água entre outras acções.

Alberto Vaquina disse, no termo da visita à barragem, cuja reabilitação está praticamente na sua fase conclusiva, que ela vai aliviar a grave crise de água que assola aquele ponto da província de Nampula, tanto para o consumo pela população quanto para o desenvolvimento económico.

Não é possível haver actividade económica nas áreas de turismo, indústria, comércio entre outras, enquanto o precioso líquido não estiver disponível em quantidade suficiente”, disse Vaquina, apontando que o objectivo fundamental da reabilitação da infra-estrutura de valor económico é fazer com que Nacala consiga responder aos seus desafios de desenvolvimento nos próximos anos.

A garantia dada ao Primeiro-Ministro assegura que Nacala terá, pelo menos até ao ano 2029, suficiência do precioso líquido, para continuar na rota de desenvolvimento que está a trilhar caracterizada por uma explosão industrial em vários ramos.

Aliás, basta referir que além da tradicional actividade portuária que vai conhecer um “boom” quando a Vale começar a escoar o carvão da bacia carbonífera de Moatize, em Tete, Nacala está a assinalar um crescimento vertiginoso no domínio industrial de vários ramos, que requer água para o exercício da sua actividade.  

Ainda em Nacala, no terceiro e último comício da sua visita à província, Vaquina alertou os residentes sobre a necessidade de estarem melhor preparados para os novos desafios que já estão a chegar com o desenvolvimento que a zona está a testemunhar.

Desta feita, os filhos de Nacala devem, segundo o Primeiro-Ministro, preparar-se em áreas como a construção civil, carpintaria, electricidade, cozinha entre outras, para explorar todas as oportunidades resultantes da nova realidade sócio-económica que a região está a atravessar.

A capacidade de resposta a esses desafios vai requer o aumento das capacidades e  a altura para os filhos de Nacala se equiparem é mesmo esta, aumentando a formação, sobretudo no ramo técnico profissional, que oferece maior empregabilidade aos candidatos a ingresso no mercado de trabalho.

VAQUINA DEDICA ATENÇÃO

À EDUCAÇÃO SANITÁRIA

A educação sanitária, considerada instrumento chave para o combate às doenças, foi tónica dominante do discurso de Alberto Vaquina, em particular na escala feita ao município da Ilha de Moçambique, onde vivem actualmente cerca de 14 mil habitantes.

O território insular, à semelhança de outros distritos do litoral de Nampula, foi impiedosamente sacudido, em 2005, por um surto colérico que além de causar vítimas da doença, fez outras vítimas em consequência da onda de desinformação à volta da epidemia.

Vaquina, porém, enalteceu o facto de a Ilha não ter registado, nos últimos três anos, um surto colérico, doença que constituía uma séria ameaça à saúde dos residentes, bem como reduzia o número de turistas que visitavam o local, em consequência da prática de fecalismo ao céu aberto

 

Leonel Muchano, da AIM, em Nampula

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