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Cromos de Nampula

Por admin

Decididamente a chamada capital do norte, província de Nampula, está a correr. Está a correr porque percebeu que é cada vez mais destino para os agentes económicos e não só que ali estão a investir.

Neste sentido, começa a ser comum ver novos edifícios em construção, sobretudo ligadas ao ramo hoteleiro, um pouco por toda a cidade, assim como nos distritos circunvizinhos.

Estivemos na cidade de Nampula no passado mês de Novembro e foi com agradável surpresa que constatamos que, por exemplo, o ex-Jardim Careca foi recuperado na totalidade irradiando agora beleza, aprumo e asseio.

A Catedral está garbosa, mais agora que foi erguido um muro de vedação para que os transeuntes não transformem aquele espaço numa espécie de corredor corta-mato para mais cedo chegarem aos seus destinos.

A Academia Militar Samora Machel não passa despercebida para quem gosta de conhecer qualquer cidade por dentro. O mesmo acontece com o Museu Etnológico localizado bem no centro da cidade, ou o Museu Militar.  

A barragem de Nampula é outro bonito cromo da capital, pena que há poucas luas o seu caudal estivesse abaixo do normal, o que obrigava os citadinos a andarem de lès-a-lès à busca do precioso líquido. Outros tinham que acordar, todos os dias, de madrugada, para encherem os recipientes, porque caso contrário seria sofrimento. Agora chove a potes.

Os quiosques que salpicam algumas das principais avenidas da cidade nada têm a ver com o quiosque tipo contentor muito em voga noutras províncias do país.

 

Nos quiosques de Nampula, além de vistosos, os utentes têm a oportunidade de ver como está sendo preparada a sandes, a tosta, já que boa parte da infra-estrutura é feita de vidro.

Talvez sinónimos de que por aquelas bandas o metical não escasseia em demasia, estão igualmente surgindo edifícios de fina beleza, alguns erguidos basicamente de vidro, o que empresta à cidade tons alegres e resplandecentes, isto para não mencionar a tijoleira de fino quilate.

Mas o que intriga pessoas como nós, visitantes, é o facto de a Polícia de Trânsito permitir que jovens com carros de alta cilindrada a partir das 21 horas, mais coisa menos coisas, se ponham a fazer rali, por sinal na avenida mais movimentada da cidade, sem que ousem tossir.  Isto é, chamar atenção àqueles automobilistas para a poluição sonora e automóvel que fazem para os restantes mortais que almejam dormir sossegadamente depois de uma jornada de trabalho.

Agora, uma sugestão: se o amigo leitor tiver a oportunidade de visitar Nampula não desperdice a oportunidade de visitar o mercado Belenenses, também conhecido por mercado do peixe.

Se é apreciador ou praticante de montanhismo, na impossibilidade de o fazer, pode sempre admirar a beleza da Serra da Mesa, Monte Lema, Montes Nairuku, só para citar alguns, que brotando do chão parecem crescer e se multiplicar.

Uma volta pela cidade de Nampula de táxi custa a módica quantia de 50 meticais. A maioria dos taxistas é honesta. Cabeçada dos taxistas? Pode levar ao desembarcar no Aeroporto de Nampula – cobram um pouco mais até ao centro da cidade – Depois disso,…lisura.

André Matola

Fotos de André Motala e Jerónimo Muianga

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