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Um grupo de bandidos ainda não identificados está a semear terror no seio dos moradores do bairro Tambara-2, na cidade de Chimoio, capital da província de Manica. Na calada da noite assaltam residências, saqueiam bens e espancam selvaticamente quem ousa resistir-lhes.
Em apenas três meses do ano em curso, os bandidos visitaram mais de vinte residências de onde subtraíram vários bens causando avultados prejuízos.
Mais do que isso, violam sexualmente parte das suas vítimas, facto que começa a esgotar a paciência dos moradores que ameaçam linchar qualquer indivíduo que for encontrado na via pública à meia-noite sem justificação convincente.
Para o efeito, os moradores de Tambara-2 estão a organizar-se em grupos de vigilância popular constituídos maioritariamente por jovens e adultos, incluindo mulheres, para travar as atrocidades que 
estão sendo protagonizadas pelos malfeitores.
estão sendo protagonizadas pelos malfeitores.
Ao que o domingo apurou, os meliantes têm apetência por aparelhos DvD’s, amplificadores, loiça, mantas, cadeiras, discos, telemóveis, roupa de adultos e crianças, sapatos, entre outros bens, inclusive comida confeccionada.
Uma das vítimas contou que os bandidos chegaram à sua casa por volta das duas horas, serraram as grades da varanda, arrombaram a porta e exigiram dinheiro. Não tendo satisfeito os seus intentos, os bandidos agrediram-no com catanas e ferros pontiagudos, tendo-lhe provocado feridas profundas.
A Polícia da República de Moçambique em Manica, através do seu porta-voz, Belmiro Mutadiwa, assegurou que tudo está sendo feito para devolver a segurança àqueles moradores.
Para o efeito, a PRM desencadeou há dias um trabalho que culminou com a neutralização de grande parte de indivíduos que compunham aquela quadrilha.
Paralelamente a esse esforço, as autoridades policiais mantiveram uma série de reuniões com a comunidade tendo deixado recomendações no sentido de se denunciar qualquer indivíduo suspeito de ter alguma ligação com os meliantes.
Mutadiwa referiu também que foi despachado para o terreno um contingente fortemente armado que tem patrulhado a zona à noite. Todavia reconheceu que não é possível garantir a segurança em cada casa.
Entretanto, lamentou o facto de a polícia estar a capturar indivíduos considerados criminosos que depois de alguns dias são colocados em liberdade pela Procuradoria ou Tribunal por alegadamente não existirem provas ou mediante pagamento de caução.
“Estes cidadãos quando regressam à comunidade novamente entram no mundo do crime”, disse Mutadiwa, tendo acrescentado que a PRM continuará a fazer a sua parte, recapturando essas pessoas que constituem perigo para a comunidade.
Domingos Boaventura
mingoboav@gmail.com
