O Presidente da Confederação Empresarial da CPLP, Salimo Abdula, disse que os mais de 400 anos de permanência lusófona em Goa, faz da Índia um país perfeitamente ligado a lusofonia e que partilha de alguns dos seus valores, um dos quais a língua, que tem até hoje presença na região.
Através da Língua portuguesa, a CE-CPLP pretende promover relações comerciais, potenciando a criação de valor para as empresas, para os seus países-membros e para as suas comunidades Económicas Regionais nas quais cada país-membro está inserido, disse Salimo Abdula.
As economias florescentes de vários países de língua oficial portuguesa têm vindo a tornar-se economias atractivas para investidores e empreendedores.
É aqui que a CE-CPLP irá estudar no eixo de “facilitador” de negócios. Actualmente, em que a crise económica assola a Europa, a nossa organização acredita ser crucial uma aposta nos países onde ao longo de séculos criamos uma ligação de proximidade, que tem como veículo principal o português, acrescentou.
Segundo Salimo Abdula, o objectivo principal da CE-CPLP é definir eixos prioritários para a promoção de competitividade e melhorar a articulação entre os principais parceiros na internacionalização das empresas de Língua Portuguesa.
A língua portuguesa, falada actualmente por mais de 250 milhões de pessoas em todo o mudo, é hoje 3,7 porcento da população mundial, representando em termos económicos 4 porcento do valor de negócio mundial.
A lusofonia está representada em quatros continentes, dos quais seis países estão em África (Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde e São-Tomé e Príncipe) e um na Europa (Portugal), América do Sul (Brasil) e Ásia (Timor Leste).
Estes países representam diferentes mercados, entre os quais, a SADCV, Mercosul, União Europeia, entre outros.
Os avanços tecnológicos destes países e o seu florescimento em áreas como recursos minerais, combustíveis, recursos agrícolas, abrem portas para um melhor e maior crescimento das relações comerciais com a índia, sublinhou.