Estão a ser tornados públicos mais detalhes do plano de Donald Trump para a terminar a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Enquanto caminhamos a passos largos para atingir quatro anos de guerra, matanças e destruição na Ucrânia, tudo indica que os EUA vão mesmo entregar à Rússia aquilo que tentaram negar desde o início do conflito. Na sua preferida “diplomacia de ultimatos”, Trump impôs o prazo de uma semana para Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, aceitar um plano de paz que, efectivamente, pisa as “linhas vermelhas” que Kiev e seus aliados disseram que não aceitariam. Os detalhes do plano de paz de Trump sugerem que a Ucrânia não só “nunca” vai ser aceite no braço armado dos EUA/Ocidente, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), como também Kiev terá de abdicar de parte do seu território. Zelensky já veio a público reconhecer que se encontra preso numa difícil encruzilhada entre manter a “dignidade” do seu país ou continuar a ter um “aliado de peso”.
As notícias que vão sendo veiculadas mostram que o plano de Trump prescreve uma capitulação da Ucrânia em relação às exigências de Moscovo. O plano, de 28 pontos, pressiona Kiev a ceder território, a limitar o tamanho das suas forças armadas e a prometer não aderir à OTAN. É um plano que, na verdade, cimenta as exigências que já tinham sido feitas por Moscovo antes mesmo de lançar a invasão em Fevereiro de 2022. O proponente do plano, Donald Trump, diz estar confiante de que o plano seja uma “forma de alcançar a paz” e reiterou que ainda precisa da aprovação do seu homólogo ucraniano. No entanto, Trump sugeriu que Zelensky não tem muita margem de manobra a não ser aceitá-lo. Nas palavras do presidente norte-americano, “ele [Zelensky] terá de gostar. E se não gostar, então que continuem a lutar, penso eu”. Isto é uma clara ameaça de abandono do apoio a Kiev caso o presidente ucraniano se recuse a submeter-se ao plano. Leia mais…
