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Malawi lança programa de reconstrução pós-cheias

Por admin

O Malawi lança hoje, domingo, o programa de reconstrução pós-cheias  avaliado em cerca de quinhentos milhões de dólares. O país foi devastado pelas cheias no início do ano que causaram mais de cem mortos para além de milhares de pessoas que ficaram sem abrigo.

O país está numa situação difícil devido ao efeito combinado da seca e das cheias. Se por um lado, as autoridades necessitam de cerca de quinhentos milhões de dólares para a reconstrução pós-cheias, por outro, o governo lançou um apelo internacional para a mobilização de fundos estimados em cento e cinquenta milhões de dólares sob forma de ajuda humanitária para
socorrer cerca de três milhões de malawianos que vão passar fome até Março do próximo ano.

Os cerca de quinhentos milhões de dólares destinam-se a reparação dos danos causados pelas cheias de Janeiro em diversas infraestruturas, como estradas, pontes, escolas, unidades sanitárias, entre outras. A curto prazo, a reconstrução pós-cheias poderá ser concluída dentro de um ano, mas os esforços de longo prazo poderão levar até cinco anos.

No sector da agricultura, as cheias causaram danos avaliados em sessenta e cinco milhões de dólares, para além de milhares de cabeças de gado. As Nações Unidas afirmam que as cheias foram uma tragédia terrível para o Malawi, um país vulnerável as calamidades.

A situação é agravada pela falta de medidas de redução de riscos de desastres naturais, incluindo o sistema de pré-aviso e de gestão da água para minimizar o impacto das inundações e estiagens que são recorrentes no país. No início desta semana, Malawi foi também atingido por uma tragédia, na qual onze pessoas são dadas como desaparecidas no rio Chire, no distrito de Nsanje, quando a canoa em que se faziam transportar virou ao embater num banco da areia. Até agora foram recuperados três corpos sem vida, o que confirma as suspeitas de que as onze pessoas perderam a vida no acidente.

Um dos sobreviventes contou que perdeu os seus pais e irmãos. As pessoas dirigiam-se ao Posto Administrativo do Chire, no distrito de Morrumbala, província da Zambézia, onde se dedicam à agricultura. Malawianos e moçambicanos residentes em Nsanje atravessam o rio todos os dias para cultivar do lado moçambicano atraídos pela fertilidade das terras.

Avelino Mucavele, em Blintyre, Malawi

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