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Lungu virtual vencedor das eleições zambianas

Por admin

Edgar Lungu, antigo ministro zambiano da Defesa e candidato da Frente Patriótica, o partido no poder, é o virtual vencedor da eleição intercalar para às presidenciais realizada esta semana na Zâmbia.

As últimas informações, ontem de manhã, indicavam que Lungu estava com quarenta e oito por cento dos votos quando ainda faltava processar um quarto do material, tornando os resultados definitivos imprevisíveis.

A afluência às urnas foi algo ensombrada pela chuva que caiu um pouco pelo país no dia das eleições. De um modo geral, a votação foi pacífica e os concorrentes estão dispostos a aceitar os resultados. O presidente-cessante, Guy Scott, instou os perdedores a aceitar a derrota.

Os zambianos foram às urnas no passado dia 20 de Janeiro, na sequência da morte de Michael Sata. Até 30 de Novembro de 2014, a Zâmbia tinha cerca de 5.166.088 eleitores registados.

Dos onze candidatos que concorreram às eleições, tudo dava a crer que Edgar Lungu podereria sair vencedor. Quando estão escrutinados quase metade dos votos, Lungu lidera a contagem, mas ainda não foram anunciados os resultados oficiais.

A diferença entre o candidato da Frente Patriótica Edgar Lungu e Hakainde Hichilema do Partido Unido para o Desenvolvimento Nacional reduziu de 29.054 para 26.904, após a adição de mais dez círculos eleitorais.

Edgar Lungu está agora com 701.089 votos, enquanto Hichilema está com 674.185, números que evoluem à medida que vai prosseguindo a contagem.

 No entanto, a ZNBC, a rádio pública nacional foi intimada a parar com a divulgação dos resultados, alegadamente por estar a dar números errados. A ZNBC é ainda acusada de manipulação a favor de Lungu.

 Também há alegações de fraude que teriam sido protagonizada pela Frente Patriótica, o partido que sustenta Edgar Lungu e a Comissão Eleitoral da Zâmbia suspendeu o anúncio dos resultados presidenciais até que todos os dados contraditórios sejam verificados.

A especulação predominante é da alegada existência de elementos dentro da Comissão Eleitoral da Zâmbia que tem vindo a trabalhar para comprometer a independência e imparcialidade do órgão eleitoral.

Correm rumores de que um zimbabweano de nome Brown Kasaro que é Chefe do Departamento de Informação teria recebido cem mil doláres por parte do partido governamental, a Frente Patriótica, para viciar os resultados eleitorais a favor de Edgar Lungu.

Também se especula que Kasaro foi fundamental para as visitas feitas por Edgar Lungu ao Presidente Robert Mugabe no início da campanha em que alegadamente foram discutidas as técnicas de viciação dos resultados através de meios altamente sofisticados.

A Zambia é conhecida por ser um país pacífico nos seus cinquenta anos da independência,  mas alguns discursos inflamatórios dos concorrentes às eleições podem levar o país para a violência pós-eleitoral.

Os observadores da SADC ainda estão no terreno, mas a primeira impressão é de que as eleições zambianas foram pacíficas, livres e justas, não obstante a abertura tardia de algumas assembleias de voto e alguns problemas logísticos.

A Comissão Eleitoral deverá declarar este fim de semana o vencedor do escrutínio.

Moçambicanos presos

na Zâmbia serão repatriados

Os serviços prisionais da Zâmbia assinaram um acordo com a SADC, Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, visando repatriar prisioneiros para os seus respectivos países, numa tentativa para descongestionar as prisões zambianas.

Ao abrigo do acordo, moçambicanos, malawianos, zimbabweanos, namibianos, tswanas e prisioneiros das Ilhas Maurícias vão passar a cumprir o resto das suas sentenças nos respectivos países. Até agora, treze malawianos foram já repatriados.

O Comissário das Prisões, Percy Chato, disse que os acordos com os Estados-membros da SADC vão ajudar a descongestionar as cadeias e a habilitar os presos estrangeiros a estar perto das suas famílias.

O acordo que assinamos com os países-membros da SADC está a funcionar integralmente”, disse Chato.

Como Serviço de Prisões da Zâmbia, estamos a repatriar os presos para os seus países ao mesmo que aliviamos o Departamento de Migração em termos de encargos financeiros”- concluiu.

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