A Tanzânia está à espera de um relatório sobre casos de abuso sexual que envolvem 69 países afim de tomar a sua posição.
Trata-se de países envolvidos nas missões de manutenção de paz das Naçoes Unidas.
O Ministro da Defesa e Serviço Nacional Hussein Mwinyi, disse em Dar es Salaam que o país ainda não recebeu o relatório, afirmando que o governo estaria em melhores condições de se pronunciar depois de receber o documento.
"Vamos-nos pronunciar depois de receber e analisar o relatório"-declarou ministro.
Cerca de 100 denúncias de abusos sexuais envolvendo ao todo 69 países foram recebidas pela ONU contra as suas forças de manutenção de paz durante o ano passado.
Maior número dos capacetes azuis acusados de abuso sexual em 2015 eram do Congo, Marrocos, África do Sul, Camarões, Ruanda e Tanzânia.
No seu relatório, a ONU disse que iria tomar medidas especiais para proteger as pessoas dos crimes de abuso e exploração sexual.
Os capacetes azuis indianos são a única excepção no toca a abusos sexuais, segundo o relatório daquele organismo mundial.
"Eu tenho vergonha de me chamar um pacificador quando vejo casos como este"- disse um responsavel da ONU referindo-se a gravidez de uma menina de 13 anos de idade apresentada numa das conclusões do relatório.
"O que precisamos fazer é não prejudicar o bom trabalho que é feito por centenas de milhares de capacetes azuis”- disse o mesmo responsável, acrescentando que se deve encontrar os culpados que se comportam mal envergando o uniforme de manutenção da paz que na verdade acabam destruindo vidas de jovens inocentes.
“Precisamos de puni-los para que situações de género não ocorram mais no futuro "- disse ele.
A Índia condenou veementemente os casos de abuso sexual praticados pelas forças de manutenção de paz e salientou que adoptou uma política de tolerância zero em relação a tal conduta.
A Índia tem 7.798 soldados da paz em 10 missões da ONU em todo o mundo.
O Representante Permanente da Índia na ONU Syed Akbaruddin manifestou a sua consternação com os recentes casos de exploração sexual e abuso que vieram à tona em algumas Operações de Paz das Naçoes Unidas.
"Condeno veementemente esses actos imperdoáveis quando o protector torna-se agressor” – lamentou Syed Akbaruddin.