
O cancro não deve ser visto como um problema apenas feminino, daí a necessidade de se envolver também os homens na luta contra esta doença. Estas, foram as palavras proferidas pela Princesa nigeriana,
Nikky Onyeri fundadora da Nikky Breast Câncer Foundation e co-fundadora do Fórum das Primeiras Damas de África para Luta contra o Cancro da Mama e do Colo do Útero, numa palestra proferida semana finda no anfiteatro do Instituto Superior de Ciências de Saúde, em Maputo.
Esta palestra se encontrava inserida, na sua visita ao país para o lançamento da Campanha para preparação da VII Conferenciasobre a Eliminação do Cancro do Colo do Útero e da Mama em África, a decorrer no país em Julho do próximo ano.
Falando para uma vasta plateia constituída por jovens estudantes da área de saúde, membros de diferentes organizações nacionais de luta contra o cancro, entre outras entidades ligadas à área de saúde e assistência à mulher e rapariga, a Princesa Nikky Onyeri sublinhou que existe ainda muito trabalho por se fazer sobretudo a nível das comunidades das zonas rurais dos países africanos.
“O problema do cancro no meu país é o mesmo que ocorre em Moçambique e em toda África. Temos de ter uma especial atenção às mulheres que vivem no campo, pois estas têm pouca informação e não têm consciência do que é esta doença”, disse.
Mais adiante, apelou aos jovens estudantes que ali se encontravam a contribuírem para o controle e maior divulgação desta problemática, transmitindo os seus conhecimentos.
“Como jovens estudantes nesta área vocês devem ir às comunidades e falar com as vossas mães. É importante que a mulher saiba como lidar e cuidar do seu corpo. Nós mulheres, temos que nos conhecer e recorrer às unidades sanitárias sempre que sentirmos algo estranho no nosso corpo”, sublinhou, para depois acrescentar que é com base no conhecimento que uma mulher poderá ensinar as outras sobre como se cuidar.
Durante a sua estada de quatro dias, Nikky Onyeri teve um encontro de cortesia com a Primeira-Dama da República, visitou diferentes unidades sanitárias e interagiu com associações de luta contra o cancro. Parabenizou Moçambique por ter sido escolhido para ser o país anfitrião deste encontro, que para além, de trazer diferentes realidades sobre a problemática do cancro, permitirá o intercâmbio de experiência e de trabalho com diferentes organizações que lutam por esta causa. Refira-se que, a primeira Conferencia decorreu na Nigéria, em 2006.