As obras de reabilitação da Avenida Julius Nyerere, em Maputo, decorrem a passo de camaleão devido a falta de material e fraca motivação dos trabalhadores. Constantes atrasos salariais e falta de condições de trabalho (uniforme, botas, fato-macaco, luvas, capacete e coletes reflectores) figuram no rol das preocupações que a massa laboral apresenta.
“Não temos contratos de trabalho. O encarregado da obra apenas nos alista numa folha A4 que serve de controlo de presenças, sobretudo para corte salarial em caso de ausência, mesmo justificada”, disse o porta-voz dos trabalhadores.
As obras de reabilitação da Avenida Julius Nyerere iniciaram em 2011 e deveriam ter sido concluídas no ano seguinte, mas devido à ocorrência de vários constrangimentos acabaram por ser prolongadas.
O novo prazo indicava para finais de Fevereiro de 2014 como mês da conclusão das obras. Contudo, devido às cheias que afectaram a capital do país, o município de Maputo prorrogou o prazo para Junho próximo.
Entretanto, domingo apurou que parte do troço que vai da Praça Destacamento Feminino ao Nó do Palmar deverá estar aberta ao público o mais tardar até Abril próximo.
A via, importante na ligação entre a zona do Museu para os bairros localizados a norte da cidade de Maputo, foi cortada pelas chuvas de 2000 que abriram duas crateras, uma das quais já coberta.
Refira-se que a estrada em reconstrução deverá ter quatro faixas, duas para cada sentido e separadas por um passeio central. Orçado em cerca de 12.5 milhões de dólares norte-americanos, o projecto de reabilitação da Avenida Julius Nyerere é financiado conjuntamente pelo Banco Mundial e Conselho Municipal de Maputo.