O Presidente da República, Armando Guebuza, procedeu ontem à inauguração oficial do majestoso e imponente Aeroporto Internacional de Nacala, apontando-o como mais uma prova de que no país há os que estão de facto empenhados na construção de um Moçambique próspero e que são contrários aos que só sabem proferir discursos que incitam à violência e destruição.
“Esta é mais uma obra que materializa os nossos discursos em prol da construção, ao invés dos que proferem discursos que só apregoam a destruição de tudo”, disse Guebuza num tom duro, numa clara condenação aos multiplicados discursos belicistas que o líder da Renamo, Afonso Dhlakama tem estado a proferir na digressão que está a fazer há cerca de três semanas por algumas províncias moçambicanas.
Na intervenção que marcou a inauguração deste empreendimento construído com o apoio financeiro do Brasil, cuja embaixadora era uma das centenas de convidados e convidadas de honra a esta cerimónia bastante pitoresca e, acima de tudo, carregada de grande solenidade, Guebuza disse que “oxalá os que andam a proferir esses discursos satânicos cessem de os disseminar para que Moçambique e o seu povo alcancem o bem-estar de que almejam há milénios”.
Vincou que a inauguração deste aeroporto com capacidade para nele aterrarem mesmo os maiores aviões que sulcam os céus, como os jumbos, é prova de que o desenvolvimento de Nacala já é imparável, e que através dele, virão para aqui pessoas de todos os quadrantes do mundo, incluindo “os empresários que estão ávidos de investirem aqui os seus capitais para a valorização das imensuráveis potencialidades locais, bem como da província de Nampula como do resto do país”.
Para evidenciar quão Nacala está de facto num desenvolvimento acelerado e já irreversível, Guebuza apontou uma série de outros grandes empreendimentos já concluídos como é o caso deste gigantesco aeroporto que custou mais de 250 milhoes de dólares americanos, e outros que estão em construção, como é o caso da construção quase concluída, de dois grandes hotéis junto das suas belíssimas praias, e ainda a construção da linha férrea que ligará as minas de Moatize, em Tete, ao Porto de Nacala que, neste caso, está numa fase bastante avançada de reabilitação e ampliação, e que será um dos que se exportara grande parte do carvão que esta sendo extraído nas regiões carboníferas de Moatize, em Tete.
Guebuza fez questão de realçar que nos últimos 10 anos que duraram os seus dois mandatos como Presidente de Moçambique, muito se fez no que tange à edificação de infra-estruturas que possam servir de base para um desenvolvimento mais acelerado de Moçambique, e que acredita que nos próximos anos, o país fará um voo económico ainda mais rápido do que o que vinha imprimindo. Este novo aeroporto de Nacala, ontem inaugurado, junta-se a mais três também construídas de raiz, nomeadamente o de Maputo, Vilankulo, em Inhambane e o de Pemba em Cabo Delegado.
Antes e durante a cerimónia, vários dos convidados e alguns dos milhares de residentes de Nacala que se enchiam por completo a parte circundante do recinto deste aeroporto não se cansavam de tecer elogios à obra de Guebuza nestes 10 anos em que esteve no leme da nação moçambicana. “Só quem não quer ver é que pode negar que Guebuza deixa uma grande obra”, assim dizia um pacato cidadão que assistiu a esta inauguração e que disse chamar se Abreu, motorista de profissão. Ele disse que alguns dizem que não se fez nada porque só conhecem onde vivem, mas que para ele que atravessa o país de lés a lés, transportando pessoas, Moçambique desenvolveu-se bastante nos últimos 10 anos.
GUEBUZA HOMENAGEADO
No decurso desta cerimónia de inauguração deste aeroporto, o estadista moçambicano foi homenageado pelo Ministro dos Transportes e Comunicações, Gabriel Muthisse, em reconhecimento da grandiosa obra que Guebuza fez neste domínio, que neste caso começou, quando entre o ano 1987 a 1994, foi Ministro dos Transportes e Comunicações, e depois agora como Presidente da República, a partir de 2005 a esta data.
Na breve e condensada comunicação com que enalteceu a obra de Guebuza, Muthisse destacou o seu empenho abnegado na coordenação da construção de infra-estruturas ferroviárias e portuárias que se foram reabilitando e construindo e que hoje são uma grande alavanca no desenvolvimento do país.
Na sua alocução, Muthisse teve a paciência de enumerar uma longa lista de algumas das obras feitos sob os auspícios de Guebuza.
Para que não se limitasse a palavras, Muthisse valeu-se de um documentário feito com recurso a algumas imagens de vídeo e fotografias que constam nos arquivos dos órgãos de comunicação e de outras fontes, no que acabou sendo uma prova de que podem ter razão os que dizem que a história recordará este Presidente moçambicano como um construtor.
Nesta cerimónia foram também elogiados dois antigos ministros dos Transportes e Comunicações e outros quadros da área dos transportes e dos aeroportos, entre os quais se destacam Tomas Salomão e o antigo PCA dos Aeroportos de Moçambique, Manuel Veterano, entre vários outros.(AIM)
Standard Bank investiu
32 milhões de dólares norte-americanos
O Standard Bank co-financiou, com cerca de 32 milhões de dólares norte-americanos, a construção do Aeroporto Internacional de Nacala, na província de Nampula, inaugurado, ontem, pelo Presidente da República de Moçambique, Armando Emílio Guebuza.
“Estamos particularmente orgulhosos por termos desempenhado um papel crucial para a materialização deste importante projecto para a economia de Moçambique”, referiu André du Plessis, director da Banca Corporativa e de Investimentos do Standard Bank.
Acrescentou que “a nossa motivação para o financiamento do Aeroporto de Nacala reside no facto de estarmos bastante activos nos sectores da energia, recursos minerais e infraestruturas em Moçambique e em todo o continente africano, que são uma paixão para o Grupo Standard Bank".
O restante co-financiamento teve origem no Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES), do Brasil.
De acordo com o Director da Banca de Investimentos do Standard Bank, co-financiar um projecto desta magnitude com o BNDES representou "um grande passo na consolidação das relações de negócio entre Moçambique e Brasil".
Com efeito, o Standard Bank é o primeiro banco moçambicano a estabelecer uma parceria com o BNDES e esta operação foi a primeira de muitas que estão na forja nas áreas de produção de energia eléctrica, distribuição de água e transporte urbano.
Recorde-se que o Standard Bank celebrou, no dia 20 de Agosto de 2014, 120 anos de operações em Moçambique.
Estabelecido desde 1894, o Standard Bank tem participado, de forma activa, no desenvolvimento do país através do financiamento à economia nacional e da colocação do seu vasto "expertise" nas áreas de energia, infra-estruturas e recursos minerais à disposição do empresariado nacional e na captação de investimento estrangeiro.
Nos últimos três anos, o Standard Bank investiu, no país, mais de 200 milhões de dólares norte-americanos, em linhas de concessão de crédito, para projectos de infra-estruturas de escoamento do carvão mineral, armazenamento de combustíveis líquidos, expansão e construção de aeroportos e estradas, para além de projectos nas áreas de telecomunicações e recursos minerais.
Gustavo Mavie, da AIM, em Nacala
Fotos: Mauro Vombe
