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Celebrando Moçambique

Por admin

“Como nós sempre o dizemos, o 25 de Junho foi a base indispensável para podermos caminhar com os nossos pés e decidirmos pela nossa cabeça. Foi o primeiro dia do resto da nossa vida. Foi uma lição fantástica e, ao mesmo tempo, realista, de que os grandes ideais podem ser concretizados por entre perigos, guerras e obstáculos, mais do que parece prometer a força humana”

Hoje é 25 de Junho. É o Dia da Independência Nacional. Dia em que o Presidente Samora Machel proclamou a independência total e completa de Moçambique. Dia que marca a nossa libertação do jugo colonial e fascista de Portugal. É dia de festa! Festa do povo moçambicano! Comemoramos hoje e agora 42 anos de libertação e do advento da nossa autodeterminação.
Há 42 anos que o 25 de Junho endireitou a história, porque há 55 anos um grupo de jovens, pequenos em quantidade, mas enormes em sonhos de libertação humana, se uniram em movimento que nunca mais parou, fundando a Frente de Libertação Nacional, sigla FRELIMO.
A FRELIMO agarrou o sonho que captou nas entranhas do povo, interiorizou-o, semeou-o, massificou-o, injectando-o em estruturas de libertação, verificando por experiência própria que o sangue derramado pelos heróis se transformava em prodigiosa e abundante semente. Muitos foram aqueles que regaram o chão com o seu sangue para que todo um povo fosse livre de sonhar, construindo-se na sua própria terra.
Celebrar o 25 de Junho, a independência, é celebrar toda essa luta liderada pela FRELIMO, cujos homens da linha da frente desse combate ainda se encontram entre nós em grande número. Sabemos que independência, porém, não se resolveu no dia 25 de Junho de 1975. Este dia memorável, com o Presidente Samora Machel, feito povo, a proclamar altivamente, no Estádio da Machava, que Moçambique já era um país livre, dono e senhor do seu destino. Esse foi o pontapé de saída para a construção de um Estado ao serviço do povo autêntico.
Como nós sempre o dizemos, o 25 de Junho foi a base indispensável para podermos caminhar com os nossos pés e decidirmos pela nossa cabeça.

Foi o primeiro dia do resto da nossa vida. Foi uma lição fantástica e, ao mesmo tempo, realista, de que os grandes ideais podem ser concretizados por entre perigos, guerras e obstáculos, mais do que parece prometer a força humana.
O 25 de Junho é sinal mais que claro de que é possível acabar com a nossa miséria, construir a justiça social, enraizar a liberdade no coração dos humanos, criando-lhe condições
de expansão, erradicar a ignorância, semear o conhecimento, conhecimento este que, hoje como hoje, é a maior e principal riqueza de um povo. Que é possível edificar um Estado independente
e democrático ao serviço dos milhões e milhões de moçambicanos e que este Estado é um processo eficiente e dinâmico e nunca uma conclusão definitiva. Que o Estado está ao serviço da vida em perpétuo movimento e que parar é morrer.
Temos razão, a história é mestra da vida, para nos alimentarmos da certeza de que o sonho continua e de que as coordenadas
de desenvolvimento estão fundamentalmente correctas e de que é possível endireitar constantemente o percurso, através
de reformas pontuais que venham a impor-se.

Ao longo deste percurso ainda curto, temos enfrentado ventos e marés. Mas sabemos sempre manter a serenidade e
navegarmos seguros para a frente olhando o futuro no horizonte.
A caminhada não tem sido fácil. Várias vezes caímos, mas levantamo-nos com a mesma certeza dos libertadores de que o
futuro pode ser melhor.
Por exemplo, o Presidente Filipe Nyusi tem repisado com firmeza nestes dias que Moçambique está de volta, realçando que esta é a terra de oportunidades. Enfatiza que é agora ou nunca o melhor momento para investir nas potencialidades do país. “Agora é tempo de olharmos para a frente. Moçambique está a dar sinais vitais de estar a ultrapassar esses obstáculos. Para aqueles que ainda duvidam de nós, a minha mensagem é clara: Moçambique está de volta!”, disse o Chefe do Estado na recente reunião sobre infra-estruturas em Tete, manifestando a convicção de que o país está agora em condições de “andar mais depressa”.
Este discurso é sustentado na perspectiva de política monetária pelo próprio Banco de Moçambique, quando refere que o pior da crise já passou. O país já ultrapassou o cenário de crise que viveu, sobretudo até finais do ano passado. “Pela nossa perspectiva de Banco de Moçambique, já não estamos a gerir a crise, mas sim a viver uma situação de normalidade.
Trabalhamos na tranquilidade com o mercado e com os agentes económicos; a inflação está a cair e com uma tendência decrescente, e se tudo correr como previsto vai terminar ao redor dos 14 por cento. É uma situação claramente melhor a que tínhamos em 2016”, disse recentemente o governador do Banco de Moçambique. Estamos de facto de volta. Precisamos, porém, de trabalhar
mais pelo nosso país. Melhor e aperfeiçoar a nossa cultura de trabalho. Fazer coisas concretas e simples para alavancar o desenvolvimento político, económico e social do país. Como disse Pedro Couto, combatente da gema dos libertadores, na entrevista que nos concedeu por ocasião dos 42 anos de independência: talvez mudar a maneira de ensinar, talvez fazer menos advogados, ou fazer advogados capazes de também pegarem na enxada. Juristas capazes de serem agricultores. Por exemplo, eu sou professor da universidade, mas tenho uma pequena moageira na Zambézia, em Mocuba. Quero fazer um pequeno serviço social, estou a fazer reflorestamento e dou emprego a algumas pessoas. Isso foi feito por mim, mas os mais jovens podiam fazer melhor”.
Viva o 25 de Junho! Viva Moçambique!

 

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