Início » Boas-Festas

Boas-Festas

Por admin

Estamos já no meio da quadratura das festas. Com o Natal já passado, aí vem a transição do ano e com ela o emergir de 2016. Nestas alturas e em primeiro lugar, o nosso pensamento vai para os que na rua ou em habitações precárias vasculham contentores do lixo, à cata de algo para matar a fome ou de desperdícios ainda úteis metidos em sacos sujos por quem tem de comer, esbanja comida e não partilha com quem mais necessita.

 Ainda somos uma sociedade que pensa que os míseros estão nessa condição porque querem estar assim, por isso, eles têm de se arrancar a si próprios dessa condição, sem o mínimo condicionalismo que lhes propiciem o arranque. É claro que ninguém arranca apenas com esmolas. Há pouco empenho, menos solidariedade. A paz no coração de cada um nós, construída pela justiça em solidariedade está também ausente. E a fome é inimiga da paz !

Em segundo lugar, o nosso pensamento vai para os leitores e anunciantes do jornal domingo, que nos distinguem com o seu apreço, amizade e críticas, e nos permitem continuar a nossa missão de informar os moçambicanos de cá de dentro, do Rovuma ao Maputo, e os de lá de fora, da nossa diáspora, que cresce, dia após dia. Um povo informado é um povo com condições para se libertar, traçando, por ele próprio, os caminhos do respectivo desenvolvimento. A todos eles nós prometemos trazer, no próximo ano, novidades na forma e na substância de fazer o domingo.

Aproveitamos a ocasião, também, para dar as boas-festas aos dirigentes do Estado ao nível dos mais diversos escalões, desde a base ao topo. Temos um objectivo comum servido por meios diferentes. Esse objectivo é o crescimento e coesão da Nação moçambicana, dentro de um são pluralismo cultural e humano. Que as cerca de vinte e cinco milhões de liberdades de marca moçambicana sintam que o Estado lhes está a proporcionar condições públicas de desenvolvimento, a fim de viverem cada vez mais e melhor. Caminhámos muito em 2015, mas é preciso caminhar mais e mais depressa. A pobreza continua a ser cancro que está na raiz da maior parte dos males, desde a ignorância à doença. A uns e outros a História os julgará.

Para a sociedade civil, em geral, que nos atinge a todos, que é que pode desejar um jornal, para além do bem-estar que se confunde com a felicidade de todos nós? Desejar-lhe uma maior, mais sólida, mais aprofundada informação que é motor de todo e qualquer desenvolvimento. Lembrar-lhe de que formação sem informação cai, mais tarde ou mais cedo, na dinâmica da domesticação.

Nós desejamos que a sociedade civil aprofunde os caminhos da liberdade, cujo pressuposto número um passa pelo conhecimento.

Aos nossos colegas jornalistas vai um abraço e um desejo de que todos em conjunto consciencializemos que temos obrigação de contribuir para o direito à informação, direito este humano e fundamental. Recordar, porém, todos os dias, que direito à informação não é direito à desinformação. Felicitarmo-nos porque houve avanços nos últimos anos no nosso sector e propugnar para que no próximo ano nos reunamos, com mais frequência, para analisar os problemas deontológicos com que nos debatemos. Se não for a classe a vigiar-se, a discutir as críticas de que somos alvo, a traçar caminhos novos e corrigir caminhos velhos, ninguém será capaz de o fazer por nós. A nossa reforma, rumo ao aperfeiçoamento, deve vir de dentro e não partir de fora. E precisamos dessa reforma.

Um abraço de solidariedade àqueles que sofrem de fome, de angústia e cansaço gerador de desalento, aos doentes e respectivas famílias, estamos com eles e vamos lutar para que o 2016 nos proporcione um novo Natal. domingoestá ao vosso lado.

Nesta azáfama de correria às compras, encontrando preços que disparam na proproção do acréscimo na procura, em que, nas cidades, nos acotovelamos para passarmos umas festas com um pouco mais de conforto, recordar às autoridades que é absolutamente necessário, em termos de boa governação, procurar soluções para disciplinar a subida constante dos preços. Este ano foram ensaiadas algumas, mas parece que a emenda saiu pior que o soneto.

Desejar ainda àqueles que se fazem à estrada que tenham cuidado com o álcool. Lembrem-se que correr não é chegar. Não queiram transformar a alegria da festa e dos reencontros em desespero causado pelas mortes sem sentido e eternos desencontros.

Não podemos terminar sem recordar a razão de ser da festa do Natal, transformada em festa de família. É que, na correria dos dias, já são poucos os que se lembram de que o 25 de Dezembro é a comemoração do nascimento de Jesus Cristo, que imprimiu novos rumos à História Humana, rumos esses fundados na fraternidade e no amor, sentimentos que não se compadecem com a peste, a fome e a guerra, sentimentos que são alicerce e alimento da paz, a começar pela paz interior.

BOAS-FESTAS! FELIZ NATL E PRÓSPERO ANO NOVO DE 2016.

Você pode também gostar de:

Leave a Comment

Propriedade da Sociedade do Notícias, SA

Direcção, Redacção e Oficinas Rua Joe Slovo, 55 • C. Postal 327

Capa da semana