– defende o docente e investigador, Celestino Joanguete
Angelina Mahumane
angelina.mahumane@snoticias.co.mz
Nos últimos meses têm sido reportados, um pouco por todo o país, casos de pessoas que cometem suicídios, como consequência de dívidas feitas para satisfazer o vício de jogos de sorte ou azar disponibilizados através de diversas plataformas digitais.
O que muitos não sabem é que estas plataformas funcionam na base dos algoritmos da inteligência artificial (IA) que são programados para colectar o máximo de informações sobre os jogadores como, por exemplo, o histórico de jogo, preferências, comportamento de apostas, valores apostados, interacções passadas, entre outros.
Tais dados são analisados por algoritmos e técnicas de aprendizado de máquina, capazes de identificar padrões, tendências e percepções dos jogadores. Ao ter o jogador sob controlo, os algoritmos da inteligência artificial envolvem o jogador e o motivam a jogar mais ao longo do tempo, com momentos iniciais facilitados pelos ganhos que criam uma sensação de progressão e conquista, seguidos de perdas e frustrações.
Para reverter este quadro, o docente e investigador da Escola de Comunicação e Artes da Universidade Eduardo Mondlane Celestino Joanguete defende a introdução de uma regulamentação efectiva para as apostas feitas em casinos físicos e electrónicos, bem como para os comerciantes de criptomoedas ou grupos de pirâmides financeiras no país. Segundo ele, desta forma, o Estado reconhecerá a prática como uma actividade legítima, e estabelecerá directrizes clarasLeia mais…
