O Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Electricidade de Moçambique (EDM), Gildo Sibumbe, nomeado há dias pelo Primeiro-Ministro, Alberto Vaquina, tem pela frente a missão de unir as diferentes sensibilidades existentes na empresa com a finalidade de torná-la governável e orientada para o alcance dos seus objectivos.
Para o efeito, Gildo Sibumbe, fez-se rodear por três administradores executivos tarimbados e com bastante conhecimento sobre a empresa, nomeadamente Carlos Yum, Isaías Rabeca e Agostinho Mucauro, os quais vão substituir Adriano Jonas, Cirilo Fabião e Orlando Missa, exonerados por despachos exarados pelo Ministro de Energia, Salvador Namburete.
Conforme apurou o nosso jornal, Gildo Sibumbe e o trio de administradores, deverão buscar polos de concórdia no seio da família EDM que parece ter muitas alas a gladiarem e a dificultarem qualquer governação e quase todas as áreas de trabalho, o que culmina com actos estranhos como acidentes de trabalho, avarias sistemáticas de equipamentos, cortes de energia sem motivo aparente, entre outros.
Como passos seguintes, aquele Conselho de Administração deverá incrementar a electrificação rural, reduzir ao máximo o índice de cortes investindo na manutenção dos equipamentos, incluindo linhas de transporte e de distribuição, isoladores, subestações, postos de transformação, entre outros, apostar em novas fontes de produção, reassumir o papel de catalisador do desenvolvimento nacional e, como consequência, aumentar o nível de satisfação dos clientes.
Gildo Sibumbe ingressou na EDM em Maio de 1989, na então Direcção de Engenharia de Redes, hoje designada Direcção de Estudos e Projectos, trabalhou no sector de conservação da Baixa Tensão da Matola e chefiou o sector de exploração de Baixa Tensão afecto à Área Operacional de Produção e Transporte
Em Junho de 1993 foi nomeado chefe da Zona de Distribuição da Matola e três anos depois, em 1996 foi nomeado director da Área Operacional da Província de Maputo, para em Janeiro de 2001 ser empossado como administrador para o Pelouro Comercial da EDM.
A partir de finais de 2002 desempenhou o cargo de administrador para o pelouro de Produção e Operador de Mercado e, por inerência do cargo, passou a fazer parte do comité técnico do Northen Mozambique Power Development Initiative.
Em Fevereiro de 2006 é nomeado assessor do Conselho de Administração para as Participações Financeiras da EDM, cargo que desempenhou, acumulando com as funções de Administrador Delegado na Sinergisa, uma Holding participada pela EDM-EP.
Em Outubro de 2006 é nomeado administrador da HCB com funções específicas de preparar a cadeia de produção para a era pós-reversão, tendo assumido as funções de coordenador da área técnica. Nesta função foi responsável pela elaboração do plano de formação multidisciplinar dos quadros moçambicanos para a injecção de habilidades de padrão mundial nessa matéria e que permitiram que a transição da gestão para Moçambique ocorresse com normalidade e muita serenidade
Em finais de 2007 foi nomeado Administrador para o pelouro técnico do primeiro Conselho de Administração da época pós-reversão da HCB, cargo que ocupou até ser nomeado PCA da EDM.
Enquanto quadro da EDM, Gildo Sibumbe este envolvido em várias actividades de entre as quais destacamos a elaboração e levantamento do primeiro Plano Director de Distribuição da EDM (1989 a 1991), desenho do projecto Electricidade II para a Província de Maputo, elaboração do projecto-piloto de contadores pré-pagamento, vulgo Credelec, estruturação e criação da Área de Distribuição da Província de Maputo e na elaboração do projecto da reabilitação da rede da Matola e Machava financiamento em doze milhões de dólares americanos.
Participou igualmente na elaboração do projecto de reabilitação das infra-estruturas eléctricas destruídas pelas enxurradas 2000 na província de Maputo, no projecto que permitiu o boom do Credelec da EDM dos iniciais 3000 beneficiários para cerca de 90.000 clientes, isto durante o tempo que esteve como administrador para o pelouro Comercial
Gildo Sibumbe também participou na elaboração do projecto e negociações para o financiamento da reabilitação das Barragens de Mavuzi e Chicamba, da política Tarifaria da EDM, estudos e conversações diversas visando o estabelecimento de parcerias Público-Privadas para o estabelecimento de produtores independentes de energia, ainda em curso.
Entre outros, Sibumbe liderou os projectos de reabilitação dos descarregadores da HCB (em curso) e os estudos para a melhor opção técnico financeira para a reabilitação da Subestação do Songo, actual ponto fraco do sistema electroprodutor da HCB.
Jorge Rungo
