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Há falta de energia na SADC

Por admin

O planeamento deficitário do uso de electricidade, falta de investimento em novas fontes, crescimento urbano, electrificação rural e grandes investimentos na indústria, sobretudo extractiva,

 estão a provocar um défice de energia eléctrica que já se situa em cerca de 2.500 mega watts (MW), pouco acima da capacidade de geração de energia da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) que é de 2.075 MW.

Dados em nosso poder indicam que o défice energético acentuou-se nos últimos dez anos e o nosso país é disso uma montra perfeita, dado que tem uma taxa de crescimento do consumo anual estimada em cerca de 15 por cento.

Como resultado deste aumento da demanda, consta que a África do Sul, maior potência económica da região, já começa a ressentir-se e ensaiou alguns cortes parciais de fornecimento eléctrico a algumas regiões por ter atingido o seu limite.

Segundo peritos ligados à Southern Africa Power Poll (SAPP), órgão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) que congrega as empresas produtoras e distribuidoras de electricidade da região, estes países não planearam de forma eficaz as suas necessidades e fontes energéticas ao longo da última década.

Como evidência aqueles especialistas da SAPP recordam que nos anos 90 os países da SADC tinham constituído reservas de energia mas, hoje, o cenário é de carência e de busca urgente de novas fontes. 

Terá sido no quadro dos esforços visando a inversão deste cenário que a SAPP realizou recentemente um encontro em Maputo, cujos contornos foram mantidos “a sete chaves” mas fontes daquele organismo asseguraram ao domingoque a principal recomendação é de que se deve investir com celeridade no desenvolvimento de novas fontes de energia.

Conforme apurámos a região deverá concentrar a sua actuação na construção de fontes de energias limpas, ou seja, amigas do ambiente, como são os casos de fontes hidroeléctricas, solares e eólicas.

Neste contexto, Moçambique é visto como país com localização e potencial para a materialização deste objectivo na medida em que dispõe de condições naturais para a edificação de centrais hidroeléctricas de Mphanda Nkua, Lupata, Boroma e a central norte da HCB, no rio Zambeze, centrais a gás da Agrekko, em Ressano Garcia, Moamba, em Maputo, e Chókwè em Gaza.

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