·Presidente da República considera que o governo local foi muito proactivo na dinamização da economia, mas exige passos mais ousados para transformar a “capital do norte” num destino sempre
apetecível para investimentos
O governo provincial de Nampula mereceu rasgados elogios por parte do Presidente da República, Armando Guebuza, em virtude de se ter mostrado muito “proactivo” na dinamização da actividade económica da província induzindo, desta feita, o melhoramento das condições de vida da população local e sobretudo atraindo mais investimento estrangeiro e nacional que neste momento está calculado em cerca de 2 biliões de dólares norte-americanos.
Foi durante a sessão extraordinária do Governo da província de Nampula, alargada a outros quadros, onde foram evidenciadas algumas acções levadas a cabo pela equipe liderada pela Governadora Cidália Chaúque, que na ocasião, destacou o facto de em termos de desempenho económico da província ter sido possível atingir no ano passado uma produção global de 42, 57 mil milhões de meticais contra cerca de 38,37 mil milhões do ano anterior.
Para o efeito, o sector da agricultura foi o que mais contribuiu ao atingir cerca de 47 por cento da produção global, seguindo-se, sucessivamente, os sectores dos transportes e comunicações (com 12 por cento) e o da extracção de recursos minerais (com 11 por cento). Mas para o presente ano, as estimativas avançadas pelo governo da província de Nampula apontam para 46, 85 mil milhões de meticais o que poderá induzir um crescimento de 11,2 por cento.
Em termos de investimentos, a província de Nampula autorizou 23 projectos (contra 18 planificados) avaliados em cerca de 963 milhões de dólares norte-americanos e que criaram pelo menos mil e 512 postos de emprego.
Para além disso, o governo da província de Nampula procedeu à certificação de 21 empresas na Zona Económica Especial (ZEE) de Nacala, as quais poderão criar seis mil e 683 empregos num investimento calculado em pouco mais de um bilião de dólares norte americanos.
Foi este quadro animador que o Presidente Armando Guebuza encontrou em Nampula, onde se encontra em visita de trabalho desde sexta-feira última, no prosseguimento da sua actividade de presidência aberta que o fará escalar para além de Nacala-à-Velha, os distritos de Monapo, Angoche, Malema e Nampula/Rapale.
Guebuza revelou ter ficado bem impressionado com o que viu e ouviu em Nampula, tendo destacado que a dinâmica que se vive actualmente naquela província em termos económicos está a transforma-la num verdadeiro destino de investimentos estrangeiros e nacionais o que há alguns anos não acontecia.
A titulo de exemplo, o PR referiu que “Nacala-Porto está irreconhecível” devido ao “boom” de investimentos “apesar de estar ainda na sua fase incipiente de desenvolvimento”, o mesmo sucedendo em relação ao distrito de Nacala-à-Velha “que num passado recente tinha apenas um aglomerado populacional, mas que agora está a experimentar uma fase interessante de desenvolvimento”.
“Mas isto tem que ser visto como um desafio constante para o governo da província que deverá sempre antecipar-se a algumas situações que possam decorrer do desenvolvimento que a província está a experimentar e sobretudo estarem atentos e preparados para lidar com aqueles que não vêem com bons olhos o desenvolvimento do nosso país e quererão nos fazer recuar”, alertou Guebuza.
Aliás, o PR partilhou, em pleno comício, uma mensagem mais ou menos igual a esta com parte da população da localidade administrativa de Micolene, no distrito de Nacala-à-Velha, onde referiu que “há algumas pessoas que não gostam daquilo que a maioria dos moçambicanos quer como seja: viver em paz, circular à vontade dentro do seu país, ter energia eléctrica, escolas e hospitais mais próximos das suas povoações, etc”.
“Infelizmente, alguns seres humanos também vivem disto. Há aqueles que não gostam ou incomoda-lhes o facto de ver outro ser humano a prosperar, a eliminar paulatinamente a pobreza. Essas pessoas, quando acordam de manhã, no lugar de procurarem caminhos para ajudar o próximo ou mesmo o seu país a desenvolver, preocupam-se em pensar na melhor maneira de dividir os moçambicanos e destruir Moçambique”, disse Guebuza.
Em face disso, Guebuza apelou aos moçambicanos para que continuem concentrados naquilo que são as políticas nacionais de desenvolvimento e na sua luta individual para superar a pobreza e “não se deixem enganar pelos intriguistas, criminosos e boateiros que procuram desmoralizar as pessoas desviando-as do essencial que é trabalhar para desenvolver o país e melhorar as suas condições de vida”.
“Os preguiçosos, intriguistas gostam de viver do sofrimento dos outros. Não encorajam as pessoas a trabalhar e quando alguém trabalha a preocupação deles é roubar o produto do seu esforço ou desanimá-los de lutar para vencer a pobreza. Alguns desses, quando nos vêem a estudar formas de ultrapassar algumas dificuldades que afligem o nosso povo ficam desgostosos”,disse o Chefe do Estado, pontuando que a paz, a unidade e o trabalho são condições “sine qua non”para que o país e os moçambicanos saiam da pobreza.
