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AMBIENTE MACROECONÓMICO: Devemos estar confiantes

Por admin

– afirma Rogério Zandamela, novo Governador do Banco de Moçambique

O novo governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, disse, há dias que a defesa da estabilidade macroeconómica e da promoção do bem-estar de todos os moçambicanos depende de um esforço gigante de todos. Não só do Banco de Moçambique, mas de toda a sociedade.

Claramente que o momento é difícil, mas temos que estar confiantes que não há problema sem solução”, enfatizou no seu primeiro depoimento que se seguiu à cerimónia de tomada de posse que foi dirigida pelo Chefe de Estado, Filipe Nyusi.

Zandamela sublinhou que o alcance das soluções para os problemas com os quais a economia nacional se debate requer trabalho e sacrifícios enormes, sobretudo no que tange ao restauro da credibilidade interna e com a comunidade internacional.

Com um extenso currículo, Rogério Zandamela residiu em vários países, com destaque para a Itália, França e Estados Unidos da América, onde estudou, foi professor e ingressou para os quadros do Fundo Monetário Internacional há cerca de 28 anos.

Logo depois da sua tomada de posse, disse estar pronto para servir a pátria aproveitando a larga experiencia que adquiriu pelo mundo fora. “Os problemas que enfrentamos são temporários e precisamos todos de trabalhar com a seriedade, esforço, persistência e sacrifício para que possamos obter os resultados que todos desejamos que é a melhora do bem-estar da nação moçambicana”, disse Rogério Zandamela.

Durante a cerimónia de posse, o Presidente da República disse lembrou que a actual conjuntura económica nacional é caracterizada pela subida generalizada dos níveis de preços e por uma elevada depreciação do metical, o que impõe,também, um enorme desafio noâmbito dacondução de políticas que visam garantir a estabilidade do sistema financeironacional.

Há necessidade de se adoptar intervenções do lado monetário que sejam concertadas com a política fiscal, garantirque haja consistência entre o nível de massa monetária e o nível de actividade económica, formular e estimular expectativas racionais pelos agentes económicos, o que vai favorecer o investimento e a produção nacional”, sublinhou.

Recomendou o Banco de Moçambique a aprimorarmedidas de regulação e de supervisão prudencial e comportamental de modo a garantir uma melhor disciplina das instituições financeiras tanto nas suas operações activas como passivas.

Frisou que é imperiosa uma melhor protecção dos agentes económicos, correcção de falhas de mercado, prevenção de riscos sistémicos, correcção de acções desviantes por parte das instituições financeiras, e por último uma maior transparência, estabilidade e eficiência do sistema financeiro.

Outra missão glorificante é aadopção de medidas concretas para a formalização do sector financeiro informal, reduzir o nível de especulação no sistema financeiro através da qual será possível eliminar a concorrência desleal, sobretudo para as instituições de micro-finanças”, disse.  

O Chefe de Estado deixou um vasto conjunto de recomendações que incluem a tomada de medidas que visam a criação de soluções inovadoras e mais ousadas para garantir a preservação e rentabilização das reservas internacionais líquidas e manter um nível adequado de reservas para cobertura das importações e do serviço da dívida externa, bem como, para garantir uma maior estabilidade cambial.

No âmbito da intermediação das relações monetárias internacionais, é importante que o Banco Central se concentre naintensificação de acções de monitorização das transacções comerciais e financeiras que o país mantém a nível internacional”, frisou.

Referiu-se ainda à necessidade de o novo governador e sua equipa de elevar a qualidade dos serviços prestados pelo sistema financeiro e cambial nacional, mesmo com pressão desleal que possa existir. “Dediquem-se afincadamente, na dinamização e coordenação da actividade do sistema financeiro em prol de uma maior estabilidade macroeconómica. Arregace as mangas, pois há muito que fazer”, concluiu.

 

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