A presente fase de audiências de julgamento vai fazer desfilar mais de 77 declarantes que, como dissemos, estão todos proibidos de mentir ou gazetar à notificação porque a lei impõe que, caso o façam, sejam detidos e levados à presença do juiz à força.
Entre as figuras que o tribunal deverá ouvir nestes próximos dias destacam-se altos oficiais do SISE e das Forças de Defesa e Segurança (FDS), nomeadamente Lucas Ponderante, Victor Bernardo, este que foi gestor sénior da empresa Monte Binga, propriedade do Ministério da Defesa, Eugénio Matlaba, que foi presidente do Conselho de Administração da ProÍndicus, e Henriques Gamito, que foi assessor do então ministro das Finanças Manuel Chang.
Na mesma senda, deverá ser ouvido o declarante Raufo Ira, que foi co-administrador executivo da GIPS, entre muitos outros que de forma directa ou indirecta tiveram algum papel na gestão das empresas ProÍndicus, EMATUM e MAM.
Mais ainda, o tribunal deverá ouvir antigos gestores seniores do Banco de Moçambique (BM) que lidaram com a emissão de garantias que deram origem às dívidas não declaradas com destaque para Ernesto Gove, que foi governador do BM, Joana Matsombe e Silvina Abreu, que foram administradoras do BM.
Outros nomes que despertam a atenção na extensa lista de declarantes são os de Victor Borges, antigo ministro das Pescas, e de Zófimo Muiuane, então marido de Valentina Guebuza e, por consequência, cunhado de Ndambi Guebuza. Mais adiante, consta o nome da declarante Maria Isaltina Lucas, antiga vice-ministra das Finanças, o actual ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, e do antigo Presidente da República Armando Guebuza. Leia mais…
