– Milagre Macome, treinador sénior masculino
O treinador principal da selecção nacional de basquetebol sénior masculino, Milagre Macome, disse ao domingo que o combinado nacional vai disputar as eliminatórias de qualificação ao campeonato africano agendado para Congo-Brazzaville, no próximo mês de Agosto, com o objectivo exclusivo de apuramento.
O combinado moçambicano vai disputar a fase de eliminatórias no Zimbabwe, onde, para além da equipa anfitriã, terá como adversárias as selecções nacionais do Botswana e Madagáscar.
Nesta fase, apura-se para a final o vencedor do grupo, enquanto o segundo vai disputar a terceira vaga da zona com o segundo classificado do outro grupo a ser disputado na Zâmbia.
Para o efeito, o seleccionador nacional entregou a proposta de actividades de preparação à Federação Moçambicana de Basquetebol. A mesma compreende duas fases, a primeira consistirá nos trabalhos de avaliação do estado físico dos atletas convocados e a definição da filosofia de jogo, e a segunda fase compreenderá a efectivação de três jogos de controlo na África do Sul.
De acordo com a proposta do seleccionador, os convocados vão trabalhar entre os dias 27 de Fevereiro e 9 de Março na cidade de Maputo, e de 10 a 17 de Março na África do Sul.
Contudo, o conjunto ainda não tem equipas identificadas para os seus jogos de preparação agendados para a África do Sul.
Para esta fase o treinador convocou 16 jogadores, nomeadamente Custódio Muchate, Pio Matos Jr., Edson Monjane, Augusto Matos, Ermelindo Novela, Manuel Uamusse, Orlando Novela, Chimonzo, Octávio Magoliço, David Canivete Jr., Ismael Noormamad, Dércio David Mula, Amarildo Matos, Elton Ubisse, Hugo Martins e Nélcio Carlos Chiri.
Num outro desenvolvimento, Milagre Macome reconhece que a participação do conjunto moçambicano nesta fase de eliminatórias não será fácil, razão pela qual o Zimbabwe solicitou a sua organização.
Mesmo reconhecendo a evolução dos adversários nos últimos tempos, Macome acredita que o seu combinado vai conseguir o apuramento para a fase seguinte, pois este é um dos seus objectivos, o outro é dignificar o país.
“Se estivermos recordados, nós jogámos com o Zimbabwe em 2007. No último Afrobasket, em 2015, na Tunísia, o Zimbabwe esteve muito bem, teve infelicidade nos cruzamentos, se calhar tivesse passado para a outra fase, mas é uma equipa que apresenta bons valores. Tem jogadores que jogam fora do país, como Alemanha, e internamente tem entre cinco e seis jogadores com nível razoável. O Madagáscar é uma equipa a ter em conta, a última vez que jogámos com eles foi no Afrobasket de 2011. É uma equipa que dá luta, tem jogadores muito rápidos e o Botswana é aquela equipa que nós conhecemos”, referiu.
Acrescentou que o que se tem verificado nos últimos anos é que as equipas da zona têm uma evolução muito grande e sempre que jogam com Moçambique a tendência é sempre de querer vencer e tentar mostrar o seu potencial, “mas nós vamos tentar fazer o nosso básquete com disciplina e humildade e tentar passar a eliminatória”.
Macome disse que o tempo estabelecido para a preparação do conjunto não é suficiente, mas o possível, tendo em conta a época desportiva do país.
“O período pode influenciar negativamente, por isso marcámos os jogos de preparação até dia 27, para permitir que os jogadores participem nas eliminatórias enquanto estão rodados. E lá queremos estar em primeiro lugar”, disse Milagre Macome.
O técnico exortou o público a prestar maior apoio ao conjunto masculino. “É preciso olhar a selecção masculina com uma outra forma de estar, não só como indisciplinados, merecem um outro tratamento porque ela é a nossa selecção-base”.
Entretanto, a Selecção Sub-16 ainda não sabe quando é que vai entrar em competição para a fase de eliminatórias. Contudo, o seu treinador, João Mulungo, reconhece que a qualificação não será fácil. No entanto, anunciou que vai realizar o torneio deste escalão para a triagem de atletas.