Não foram necessários golos para haver festa de arromba ontem à tarde e noite adentro na vila do Songo. O nulo no jogo entre a turma da casa e o Ferroviário de Nacala foi suplantado pela colorida confraternização, alusiva à conquista inédita do título de campeão nacional de futebol. Já está nas vitrinas da União Desportivo do Songo a taça mais disputada e desejada no futebol moçambicano.
A vila do Songo engalanou-se ontem para o ponto mais alto do “Moçambola”-2017, antecedido da partida contra o Ferroviário de Nacala, este que selou o terceiro lugar na classificação final.
A entrega das medalhas e respectivo troféu paralisou a vila e orgulhou os locais. A música juntou-se ao futebol numa simbiose perfeita, tendo passado pelo palco artistas identificados com a vila ou a própria província de Tete, como Kaliza, Mr. Nyungue e Puto Nelson.
Houve também um jantar de gala que reuniu os novos campeões, personalidades desportivas e dirigentes do Governo. Dos milhares de pessoas presentes no Songo, Chiquinho Conde era, seguramente, dos mais felizes e o treinador fez questão de sublinhar que quando há condições de trabalho, torna-se mais fácil atingir o êxito.
Mas assegura que, tal como o nome do clube sugere, a união é fundamental e ele encontrou essa correspondência no seu corpo técnico e nos atletas, os verdadeiros obreiros da conquista.
“O sentimento é de missão cumprida, definimos um objectivo e materializámo-lo. O Songo vinha duma conquista o ano passado e faltava-lhe esta. Tem sabor especial trazer a esta gente um título desta envergadura, porque, certamente, poucos daqui acreditavam em conseguir vitórias destas.”
O técnico não escondeu o desejo de fazer a “dobradinha” no próximo fim-de-semana, e deixou um aviso ao Costa do Sol, nos seguintes termos: