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Já chega! Vou-me embora…

Por admin

Por Custódio Mugabe
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Shafee Sidat não vai mesmo recandidatar-se a mais um mandato no cargo de presidente da Federação Moçambicana de Atletismo (FMA). Sublinha que a decisão é irreversível e aponta ao domingo os progressos registados nos últimos quatro anos e, obviamente, os empecilhos que marcam o quotidiano da modalidade.

A família do atletismo reúne-se no dia 3 de Setembro próxim, no Chimoio, província de Manica, para escolher uma nova direcção depois de falhar a  primeira tentativa ano passado por causa da ilegalidade das associações provinciais.

O nosso jornal abordou o escrutínio que se avizinha com o actual presidente, Shafee Sidat, o qual, apesar dos estatutos do organismo o permitirem, jura que chegou a hora de deixar o espaço para outros, enviando recados aos auto-intitulados “donos do atletismo”.

Tem dito publicamente que não se vai recandidatar a mais um mandato como presidente da federação de atletismo. Antes disse o mesmo e não houve eleições. Essa decisão é irreversível ou teremos surpresas?

É uma decisão irreversível. Desejo que os outros sejam honestos e trabalhem para o desporto e não para se servirem eles próprios do desporto, pois o que existe é tão pouco e se agirem dessa forma só vão prejudicar a modalidade. É uma pena que o atletismo não tenha mais investimentos a nível nacional, pois as províncias têm feito excelente trabalho mesmo trabalhando em péssimas condições.

Tal como na primeira vez que anunciou a sua saída, agora há uma manifestação pública de apoio à sua continuidade. Que mensagem tem para aqueles que querem a sua continuidade?

O meu muito obrigado a eles, vamos continuar como família e amigos, um dia vão perceber a minha decisão, é mais pessoal do que contra alguém, mas fica claro que nada tenho planejado para o futuro. O próprio presidente da federação internacional de atletismo e o da federação africana pediram-me para ficar e até me convidaram a integrar um órgão na confederação africana, mas ainda estou a ponderar. Em Outubro vou participar na conferência africana no Senegal e talvez até lá terei uma resposta segura.

Será que não vai regressar ao futebol? Há gente que sugere que a sua praia é o futebol?

Não vou ao futebol, vou cuidar da minha família e realizar os meus projectos, gerir as minhas empresas e continuar a contribuir para o crescimento do meu país em várias frentes, incluindo no desporto. Estou a pensar numa academia, em projectos pessoais que não vale a pena falar deles agora. Tenho consciência das dificuldades por que passam os dirigentes do futebol no país.

No Mundial de Londres recentemente terminado firmou acordos com organismos internacionais. Será que esses projectos vão avançar sem você na federação?

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