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FM Xadrez vai intensificar participação internacional

Por admin

O novo elenco directivo  da Federação Moçambicana de Xadrez programou para o ano 2017 onze participações de jogadores nacionais em competições internacionais de diferentes categorias, com o propósito de elevar o nível técnico dos moçambicanos.

Dentre as participações asseguradas, destacam-se os campeonatos do Mundo Sub 18 agendados para o Brasil em Setembro e os campeonatos africanos de juniores e seniores.

Mas a grande novidade será a disputa, pela primeira vez, pelos jogadores moçambicanos dos torneios OPEN dos países vizinhos, nomeadamente África do Sul, Malawi e Tanzânia.

Segundo o Secretário-geral do novo elenco da federação, Mateus Viageiro, a partir do próximo ano os jogadores nacionais vão competir regularmente nesses torneios dos países vizinhos para elevar o seu nível competitivo e, em simultâneo, testar o seu valor.

Para além disso, pretende-se dessa forma proporcionar participação internacional aos xadrezistas, uma vez que nos campeonatos do Mundo e olimpíadas a presença tem sido direccionada para os mesmos que regularmente conquistam as provas nacionais.

Segundo o definido, a participação será regional. Assim, os jogadores das províncias de Maputo e cidade de Maputo, Inhambane e Gaza vão competir no OPEN da Africa do Sul, das províncias de Sofala, Zambézia e Manica no OPEN do Malawi e das províncias nortenhas de Cabo delgado, Nampula e Niassa no OPEN da Tanzânia.

Desta forma vamos evitar que os representantes do país no estrangeiro sejam sempre os mesmos e acreditamos que novos valores vão despontar para as grandes provas, como são os Mundiais e Olimpíadas. Os campeões provinciais de infantis e juvenis têm de receber este prémio– referiu Mateus Viageiro.

Internamente, as competições arrancam já no próximo mês de Janeiro através da disputa do torneio John Kachamila, que vai decorrer em todas provinciais do país, havendo já um compromisso com o patrono da competição.

Seguir-se-ão torneios de infantis, juvenis e juniores que já não se disputam faz tempo. “Temos também assegurada a realização do torneio 25 de Junho, que pretendemos seja uma marca anual no calendário do xadrez moçambicano”, disse.

Paralelamente às competições, está desenhado um programa de formação de árbitros e treinadores, sendo os beneficiários seleccionados os presidentes e secretários técnicos provinciais com o fito de replicarem os conhecimentos adquiridos localmente.

Serão formações de capital importância porque vão aumentar o nível técnico dos beneficiários e a partir dai ganham direito de arbitrar provas internacionais e podem competir em provas mundiais– explicou Mateus Viageiro.

MASSIFICAÇÃO

A FMXadrez elaborou um programa de massificação da modalidade tendo como base as escolas primárias espalhadas pelo país e as escolas de xadrez já existentes, sobretudos nas cidades capitais provinciais.

Na cidade de Maputo, por exemplo, o acto imediato definido é a reabertura da Escola de Xadrez que anteriormente funcionou na sede da federação. “Temos os melhores técnicos, biblioteca, computadores e material para este propósito. Será o nosso primeiro acto em Janeiro”, observou o nosso entrevistado.

Mateus Viageiro disse que a formação de novos jogadores deverá ser coordenada pela federação para evitar a descaracterização da modalidade no país. O currículo deve ser padronizado e os professores espalhados pelo país serão alistados para operarem em coordenação com as associações provinciais.

Vamos criar a base de dados de todos professores porque dessa forma garantiremos uma boa formação e o surgimento de novos atletas com capacidade de representar o país além-fronteiras.

Segundo disse, a federação tem material que basta para distribuir pelas províncias e esse trabalho já iniciou logo após a eleição do novo presidente, Domingos Langa, que fez questão de distribuir tabuleiros e relógios para as provincias. “Foi a maior oferta de material nos últimos 40 anos”, congratulou-se Mateus Viageiro.

O nosso entrevistado disse que não obstante terem concorrido três listas para dirigir a federação, respira-se um ambiente puro na modalidade, até porque o novo elenco é inclusivo e vai aplicar algumas propostas apresentados pelos candidatos derrotados, nomeadamente Pedro Chambule e Célia Simango.

Vamos manter os modelos dos campeonatos porque são úteis para seleccionar os melhores jogadores do país. Julgamos que é muito importante apropriarmo-nos das experiências dos elencos passados. A federação é de todos e o xadrez é para todos. O xadrez deve trazer orgulho à pátria, unir o povo. Essa é a função do desporto, sublinhou.

Relativamente a infra-estruturas, o elenco encabeçado por Domingos Langa definiu como prioridade a reabilitação das instalações da sede da federação, que “devem brilhar como a modalidade”.

Para o primeiro semestre de 2017, está também projectado um simpósio de xadrez com a participação de antigos e actuais praticantes, gestores e parceiros da modalidade, sendo o objectivo principal promover a modalidade e buscar soluções para a sua prática em vários locais.

 

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