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Casa de Moçambique teve missão bem definida

Por admin

A Casa de Moçambique, que já funcionava antes da nossa Independência Nacional, após o 25 de Abril, data da viragem política de Portugal, passou a ser gerida por uma comissão administrativa de que fazia parte o actual primeiro vice-presidente do Comité Olímpico de Moçambique (COM), João Carlos da Conceição.

A sua missão primordial, conforme nos afiançou João Carlos da Conceição, era de informar sobre Moçambique que caminhava para a sua independência e da importância da mesma.

“Tínhamos que dar informação pontual aos moçambicanos aí residentes sobre a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), da luta por ela dirigida e que estava a culminar com a independência da então província ultramarina de Portugal, Moçambique”, recorda-se Carlos da Conceição.

“Depois da Independência, aproximamo-nos da Força Aérea Portuguesa a solicitar que os seus aviões, que vinham a Moçambique buscar os militares ora aqui em serviço, levassem de volta moçambicanos que não tinham posse de regressar ao seu solo pátrio. Desse modo conseguimos que muitos compatriotas cedo regressassem à terra saborear a nossa independência”, explica a nossa fonte.

“Nós fomos regressando e outras pessoas foram tomando conta da casa”, frisa João Carlos da Conceição, para quem essa Casa De Moçambique era   para todos os  moçambicanos que viviam em Portugal, uns a estudarem outros a trabalharem em vários segmentos sociais.

“A casa de Moçambique foi muito importante na mobilização de quadros moçambicanos, e até portugueses, que viessem para cá participar na construção de um Moçambique independente. Era esse o nosso principal objectivo, preparar as pessoas politicamente para um Moçambique independente que precisava do saber de todos os seus filhos e amigos. Portanto, Casa de Moçambique é onde agente se juntava para falar do nosso país”, sublinha.

João Carlos da Conceição, pessoalmente acha que ainda há espaços para a existência desse tipo de casas no mundo.

“Pessoalmente acho que em todo mundo há casas sociais. Pode haver em Maputo casa de Angola ou em Luanda Casa de Moçambique, que se sirva para divulgar o nome do país e das suas potencialidades sócio-culturais. Haver Casa de Moçambique em Portugal ou noutro país do mundo depende do objectivo. Para o âmbito comercial, por exemplo, não é preciso que haja Casa de Moçambique porque existe e Câmara de Comércio. Mas também não se justificaria haver uma casa de Moçambique só para assuntos do desporto. Como já disse, tudo depende do objectivo, quanto mais for para a satisfação de todos que vivem nesse país, é melhor”, conclui João Carlos da Conceição, que afinal, não chegou de ser presidente da Casa de Moçambique, em Portugal.

Actualmente diz-se que existe Casa de Moçambique em Portugal, cujo presidente, Enoque João, passa mais tempo cá no país a tratar da sua vida e de quando em vez a distribuir algum material desportivo pelos clubes que ele julga carentes, ao mesmo tempo que procura simpatia junto dos agentes do futebol com finalidade de obter aceitação de ser candidato a presidente da Federação Moçambicana de Futebol (FMF), sucedendo Feizal Sidat que termina segundo mandato em Julho de 2015.

Manuel Meque

 

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