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Boxe feminino tem futuro promissor

Por admin

As mulheres estão a aderir em massa à prática de boxe e dão sinais de muito talento e prometem destaque no desporto moçambicano. E pode vir a ser salvação do futuro que se desenha, 

sendo fundamental o apoio permanente à Academia Lucas Sinóia, principal concentração das atletas.

 

No recente torneio internacional, no qual tomaram parte algumas principiantes da Suazilândia, o “show” foi em combates entre moçambicanas, com relevância para os que tinham envolvimento das mais novas.

Aliás, foram as mais novas que melhor se exibiram, por vezes batendo as mais experientes, como Rosa Manuel (a veterana de Nampula) que jamais se esquecerá do combate perdido para a pugilista revelação do torneio, Rady Gramane (75kg), ou Manuela, que sucumbiu diante de Alcinda Helena (64Kg).

Quem se escapou, e bem, foi Rufina Cossa (60Kg), uma velha raposa que parece estar a reemergir. Também foi animado ver como combate Alice José, que venceu Isabel Mulungo (64Kg).

O evento acontecido nos dias 23, 24 e 25 de Maio último, marcou a transferência das realizações de boxe do pavilhão do Estrela Vermelha de Maputo para o Estádio Nacional do Zimpeto, onde a modalidade é alojada num atraente salão, cuja beleza se completa com o ringue ai montado.

No pavilhão do Estrela Vermelha apenas permanece o ringue principal usado nos Jogos Africanos Maputo 2011.

Igualmente, o “internacional” do Zimpeto serviu de arranque do funcionamento prático da nova Federação Moçambicana de Boxe (FMBoxe), presidida por Benjamim Uamusse (Big-Ben), daí que se considere desculpáveis algumas “gralhas” na organização, como a fraca publicitação do certame e de não ter o cuidado de impedir que certas pessoas entrassem para o salão dos combates com garrafas contendo álcool, o que é proibido por lei, e por não se ter sido rigoroso no cumprimento do horário de inicio de cada sessão. 

“A partir de agora a casa de boxe é esta. É aqui onde a federação vai promover eventos deste género. A Associação também pode realizar suas provas aqui”, deu a conhecer o presidente da FMBoxe, Big – Ben, no encerramento presenciado por Rui Albasine, um dos responsáveis do Instituto Nacional do Desporto (INADE).

A ideia inicial, transmitida pelo patrono da Academia Lucas Sinóia à FMBoxe, era de que o torneio fosse unicamente de mulheres, razão pela qual até ao fim se denominou torneio internacional de boxe feminino.

Mas teve combates masculinos, com destaque para Juliano Máquina (Atleta Olímpico, como ele gosta de se chamar) que depois de ter ganho por KO a um novato, dia seguinte, sábado, 25 de Maio, despiu o veterano Cremildo Artur (54Kg), numa classificação de 3-2, após três assaltos de bom boxe à luz branca do “Zimpeto”.

Também foram magníficas as actuações de Augusto Matlule que derrotou Gento Máquina (69Kg), em uma final aplaudível.

Como era previsível, o torneio foi ganho por Moçambique que praticamente se bateu sozinho.

A Suazilândia trouxe mais árbitros e técnicos que pugilistas. Foram esses árbitros, homens e mulheres, que tornaram os ajuizamentos menos polémicos.

 

 

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