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Pão nosso de cada dia…

Por admin

“A probabilidade do pão cair com o lado da manteiga virado para baixo

é proporcional ao valor do carpete”  –  Joseph Murphy

Há um secular provérbio africano que ilustra claramente a luta diária de milhares de moçambicanos. Ela diz: Toda manhã na africa, a gazela acorda. Ela sabe que precisa correr mais rápido que o mais rápido dos leões para sobreviver. Toda manhã um leão acorda. Ele sabe que precisa correr mais rápido que a mais lenta das gazelas senão morrerá de fome. Não importa se você e um leão ou uma gazela. Quando o sol nascer, comece a correr… no nosso caso, é literalmente correr atrás do pão!

E como é que esse pão nos chega à mesa?

De várias maneiras… uns compram-no directamente na padaria, na pastelaria ou nas lojas de conveniência mas o grosso compra dos vendedores ambulantes… e os ambulantes são vários; uns são mais ágeis e infiltram-se pelos becos gritando a plenos pulmões “a ma pau halenoooo” (há pão aqui) e é um ver se te avias em sair e comprar que não há tempo a perder.

Mas o que deixa Bula bula mesmo triste é a forma como o pão (esse alimento sagrado já que até a Bíblia lhe presta homenagem) é tratado. Atente-se a foto anexa. O pão que muitas vezes nos chega à mesa, quente e com aquele toque de areia irritante é transportado assim… quando não é num camião, um autentico “My Love” de panificação. O produto fica assim exposto às poeiras e outros fenómenos claramente nocivos para a saúde mas, como sói dizer-se, familiaridades a parte, negócio a parte…

As autoridades sanitárias ou a fiscalização parecem ignorar este fenómeno que perturba. Há um silêncio cúmplice sobre estas atrocidades que se cometem contra os menos favorecidos. A título de exemplo, ali no Benfica, mesmo na faixa de rodagem, vende-se pão. Os carros em circulação levantam poeiras para além da fumaça dos tubos de escape que vai certamente depositar-se nos recipientes sem cobertura nenhuma onde o pão está depositado.

Com as devidas ressalvas, um dia temos cá uma epidemia do tipo Ebola (ora batam na madeira) resultante da forma menos cuidadosa como lidamos com os alimentos. Lá foi a carne de um macaco qualquer; aqui pode ser o pão o estopim da crise!

 

 

 

 

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