Há quem ainda pense que a formação de nuvens é determinada pelo fumo de fogo que é expelido para cima quando se fazem queimadas na floresta, como ingenuamente pensam algumas crianças.
Não têm na retina que a chuvaé um fenómeno meteorológico que consiste na precipitação de gotas de água no estado líquido sobre a superfície da Terra e que ela, a chuva, forma-se nas nuvens.
Bula Bula, que sempre foi um aplicado aluno, sabe que a chuvarada é causada pelo encontro de uma massa fria(e seca) com outra quente (e húmida) e que por ser mais pesado, o ar frio faz o ar quente subir na atmosfera. Com a subida da massa de ar quente e húmida, há um resfriamento da mesma que condensa e forma a precipitação.
O intróito vem a propósito de dois recursos, um interposto pela Renamo e outro pela chamada Oposição de Mãos Dadas (OMD), um braço da “perdiz”, a julgar pelos alinhamentos e pronunciamentos do sr. Campira, líder da tal agremiação.
Ao que constou a Bula Bula, tanto a Renamo como o grupo de Campira queriam ver a actual Comissão Nacional de Eleições (CNE) e os seus actos declarados ilegais. Para esse efeito, recorreram ao Conselho Constitucional (CC). A formação política liderada por Afonso Dhlakama, ora de armas em punho, em Santugira, queria ver a CNE declarada ilegal, porque não conta, no seu corpo, com a presença dos seus representantes, que ela própria se recusa a indicar. Coisas que nem o Diabo acredita…
Os juízos-conselheiros do CC consideraram que tanto a Renamo como a OMD não têm legitimidade para interpor recurso ao Conselho Constitucional e muito menos para fiscalizar a legalidade dos actos e decisões de órgãos do Estado, para além de os recursos terem sido submetidos fora dos prazos estipulados. Os juízes não embarcaram nessa de querer fazer chover com base no fumo do fogo das queimadas descontroladas.
A Bula Bulasopraram que por detrás destas trapalhadas, tanto da chamada OMD como da própria Renamo, está um douto constitucionalista, que no passado recente adquiriu a nacionalidade moçambicana e que tem estado a prestar-lhe assessorias. Não se sabe muito bem o que faz correr este homem, que quer ocupar, de qualquer jeito, cargos estratégicos de direcção do país e/ou obter cargos notáveis em organismos internacionais. Até já quis fazer parte desta mesma CNE, não tendo passado. Nas suas aulas, na Universidade, diz-se que o homem parece mais um líder político, do que um académico… dizem que faz lembrar os sofistas da antiga Grécia!
