Início » Guebuza é Doutor Honoris Causa

Guebuza é Doutor Honoris Causa

Por admin

O Chefe de Estado moçambicano, Armando Emílio Guebuza, recebeu quinta-feira última o título de Doutor Honoris Causa em Economia do Desenvolvimento pela Universidade Eduardo Mondlane (UEM).

Trata-se do primeiro título do género que é atribuído pela Faculdade de Economia da UEM, o qual vem em reconhecimento e valorização da obra, legado e qualidades de Armando Guebuza.

De entre as realizações de Guebuza e que chamaram atenção da direcção da Faculdade de Economia da UEM para a atribuição deste título consta a introdução do Fundo de Desenvolvimento Distrital, do Fundo do Combate à Pobreza Urbana, do Fundo da Paz e Reconciliação Nacional, para além das obras de construção de infra-estruturas para o serviço público, sobretudo na área de Educação e no ensino superior.

Estas realizações contribuíram significativamente no melhoramento da vida economca e social nos diversos pontos do país e, também encurtaram a distância que existia entre o serviço público e o cidadão.

Aliás, em alguns postos administrativos do país já se faz sentir a presença do Estado, com isso os seus cidadãos não precisam mais de percorrer longas distâncias para mandar reconhecer o seu documento.

Entende-se que com os fundos canalizados aos distritos, de entre eles o Fundo de Desenvolvimento Distrital, as comunidades locais tem vindo a desenvolver o empreendedorismo, facto que propicia a produção de comida, abertura de lojas, oficinas, entre outros.

O reitor da Universidade, Orlando Quilambo disse, dirigindo-se ao Chefe de Estado, disse que Guebuza, na sua vida, soube quebrar com mestria as pontes entre o político e o educador, através das presidências abertas, que caracterizaram o seu modelo de governação.

“Sempre atento, na sua função de educador e político, foi capaz de articular com eficácia, conhecimento e vida, ciência e prática, compromisso social e actividade política. A sua grandeza de espírito, de ideias e ideias, o seu universalismo, nacionalismos, fazem de sua Excelência uma figura que só pode encontrar na UEM, o local onde este seu legado poderá estar fielmente depositado”, disse Orlando Quilambo.

 

Por seu turno, o Presidente da República, Armando Guebuza intervindo depois da atribuição do título de Doutor Honoris Causa, disse que a auto-estima, que passa pela valorização do que é nosso, do que nos identifica, assume um papel primordial quando falamos de Economia do Desenvolvimento.

Segundo Armando Guebuza é nesta matriz que se gera o desenvolvimento sustentável que, para sê-lo, deve ser endógeno e liderado pelos seus primeiros e últimos beneficiários, o nosso povo muito especial.

Para Armando Guebuza, a UEM tem um papel fundamental na promoção da auto-estima do povo moçambicano. “Por isso, devemos persistir no investimento numa realidade em que o campus não seja o palco da tensão entre o que se assume como absolutamente verdadeiro, o conhecimento científico, e o que é visto como absolutamente falso, o conhecimento milenar do nosso Povo”, disse Guebuza.

Acrescentou que defende este posicionamento porque a formação, nas circunstâncias de negação de um conhecimento a favor de um outro, não é formação. É deformação.

Num outro desenvolvimento, o Presidente da República lembrou que na sua governação se tomou a decisão de descentralização de competências e de recursos financeiros, tendo em vista elevar a auto-estima dos moçambicanos e acelerar o desenvolvimento sustentável.

Através da descentralização financeira foi possível reforçar a auto-estima dos povo moçambicano, uma vez que passaram a ser eles, primeiro a eleger os seus pares para membros do Conselho Consultivo, onde têm a missão de analisar e decidir sobre os projectos apresentados pelos mutuários. Em segundo lugar, seriam esses a decidir sobre as prioridades do desenvolvimento local, assegurando também a transparência na tomada de decisões e a prestação de contas como uma prática de boa gestão e governação.

O Chefe de Estado disse ainda que os “sete milhões” também vieram reforçar a inclusão financeira, em dois sentidos. Primeiro, do cidadão, ao criar oportunidades para os extractos sociais mais humildes, que assim convertiam a sua credibilidade e integridade em garantias reais, para que, como mutuários, fossem actores de relevo na vida económica de Moçambique.

“Em segundo lugar, todos os nossos distritos passaram a dispor destes recursos para financiarem a produção de mais comida e geração de mais postos de trabalho e a consequente geração de renda”, referiu Guebuza a terminar.

Abibo Selemane

habsulei@gmail.com

Você pode também gostar de:

Leave a Comment

Propriedade da Sociedade do Notícias, SA

Direcção, Redacção e Oficinas Rua Joe Slovo, 55 • C. Postal 327

Capa da semana